quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Evolução 7: um ancestral da baleia?

Grupo acha ancestral terrestre de baleias

RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo

Poderia um bicho do tamanho de uma raposa e parecido com um veadinho ser um parente próximo das baleias e golfinhos? Não só pode, como é a melhor hipótese até agora para explicar a evolução dos mamíferos marinhos, segundo um estudo de cientistas dos EUA e da Índia publicado hoje na revista científica "Nature".

Para o pesquisador Hans Thewissen, das Universidades do Nordeste de Ohio, EUA, o mamífero extinto que viveu há 50 milhões de anos, conhecido pelo nome científico Indohyus, seria uma espécie de "elo perdido" na evolução dos cetáceos, mamíferos marinhos como a baleia ou o golfinho.

Apesar de esses fósseis serem conhecidos há vários anos, a nova hipótese surgiu graças a um acidente: um técnico de laboratório quebrou o crânio de um Indohyus, na altura do ouvido. Ele mostrou o dano a Thewissen, que ficou intrigado com a espessura do osso, que lembrava o das baleias.

Ao reestudar o fóssil, descobriu que, além da estrutura do crânio, duas outras evidências indicavam que o animal passava boa parte do tempo na água --a espessura dos ossos das patas e sua composição físico-química.

"Os ossos são como os de animais terrestres, mas sua espessura é como a dos ossos de hipopótamos, que os ajudam a andar no fundo do rio", declarou Lisa Noelle Cooper, uma das autoras do estudo.

Água à vista

A vida no planeta surgiu no mar e depois passou à terra firme. Os mamíferos aquáticos fizeram o caminho de volta, mas o registro fóssil dessa fase de transição ainda tem falhas.

Thewissen e seus colegas descobriram várias espécies de baleias primitivas na década de 1990 e vêm estudando-as desde então. "Há 40 milhões de anos, as baleias eram semelhantes às de hoje", declarou ele em entrevista gravada e distribuída pela "Nature"; mas basta voltar outros cinco milhões de anos e os ancestrais das baleias passam a ser bem diferentes.

Um capítulo antes na história da evolução, esses animais eram semelhantes a crocodilos --tinham patas e viviam em mar raso. Thewissen descobrira o fóssil de uma dessas espécies, a Ambulocetus natans, e anunciado seu achado em 1994.

Outra descoberta da equipe também não lembra nem de longe uma baleia. O Pakicetus attacki, descrito em 2001, lembra uma mistura de porco com cachorro, mas os ossos indicam o parentesco com cetáceos. O fato de ele ser semelhante a um crocodilo e se alimentar de presas capturadas em água rasa aparentemente dava apoio à teoria mais comum sobre a transição da terra para a água. Achava-se que ancestrais das baleias seriam ungulados, animais com casco nas patas.

Estudos com DNA mostraram que, dos animais vivos, os mais próximos das baleias são os hipopótamos -que infelizmente são bem mais recentes na evolução e não revelam muito sobre a transição dos cetáceos para a água.

Os fósseis do Indohyus foram achados na Caxemira, região dividida entre Índia e Paquistão. Esses animais não eram bons nadadores, e seus dentes indicam que eles passavam bom tempo na água --uma hipótese é que, apesar de herbívoros, eles nadavam para escapar de predadores. Passando tanto tempo na água começaram a se alimentar ali também.

Mudança de dieta

"Nós propomos que a mudança de dieta foi o evento que definiu a origem dos cetáceos", escreveram os autores. "Os cetáceos se originaram de um ancestral como o Indohyus e mudaram sua dieta para uma de presas aquáticas", afirmaram.

A hipótese de que o Indohyus seja o "elo perdido" na evolução de baleias e golfinhos promete gerar polêmica --algo muito comum na paleontologia, área de pesquisa em que muitos trabalhos têm de ser baseados em pouca evidências. Por exemplo, Kenneth Rose, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, afirma que as evidências de Thewissen e colegas ainda não são conclusivas.

Ele comentou também que um dos traços essenciais usados no estudo, a estrutura do osso do ouvido, é difícil de analisar e parece ser baseado em apenas um espécime.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Genealogia 39: A novela genealógica de José e Bernarda

José Pinto Ramires, natural de Laguna, SC, filho caboclo do português José Pinto Bandeira e da índia carijó de Paranaguá Inocência Ramires, foi casado com Bernarda Gonçalves de Aguiar, curitibana, filha de Antônio Álvares Martins e Luzia Gonçalves (de Moura ou Aguiar). Tiveram pelo menos 7 filhos, nascidos entre os anos de 1750 (aproximadamente) e 1770, nas cidades gaúchas de Viamão, Rio Pardo e Encruzilhada.
No entanto, sempre me intrigou o fato da primogênita do casal, Ana Joaquina Bonifácia, ser natural e batizada na Sé de São Paulo, segundo consta de registros paroquiais de seu casamento em Triunfo. Por que um homem vindo de Santa Catarina, casado com uma paranaense, e filhos no Rio Grande do Sul teria ido para São Paulo se casar. O enigma perdurou por muitos anos, até que com a ajuda de um genealogista amigo residente em São Paulo, Vítor de Souza Oliveira, no ano passado localizou na Catedral de São Paulo a habilitação matrimonial do dito casamento, datada de 14 de maio 1750, mas sem poder consultá-la, devido ao volumoso processo (mais de 40 páginas).
Este ano, pesquisando no CHF de Vila Isabel, tive acesso aos microfilmes de índices das ditas habilitações, consultadas então pelo amigos genealogistas Dalton Almeida e Eliana Quintella Linhares, e localizei o casamento, e encomendei o microfilme.
Anteontem tive acesso ao processo, e minha intenção principal era descobrir algo a mais sobre o pai de José, já que não consegui localizar seu batismo em Valongo do Porto, além de confirmar o local de realização do casamento.
De fato, não descobri nada a mais sobre o José Pinto Bandeira, mas o grande volume de documentos ajudou-me a conhecer mais sobre os acontecimentos que explicam o tal casório na Sé paulistana. Provavelmente não terei tempo nem paciência para transcrever toda a documentação, mas consegui extrair os dados que julguei fundamentais.
Em suma, José Pinto Ramires raptou Bernarda em Curitiba, e fugiu para Viamão, onde se instalaram. O pai de Bernarda, acompanhado de seus filhos e cunhados, seguiu ao encalço do casal, com "ânimo de vingança" pelo seqüestro de sua filha caçula. José, que havia escondido sua "noiva" na casa do Coronel Francisco Pinto do Rego, partiu com ela para São Paulo onde foram casar para assim livrar-se da fúria paterna. O casamento foi feito, mas devido à falta de documentos necessários devido à pressa necessária, pelo que entendi, houve uma série de pagamentos de provisões, e a anexação futura de documentos e certidões necessárias. Numa delas, José Pinto Ramires alega que em Laguna chegou iniciar um processo de casamento com Ana Guterres, filha de Agostinho Guterres, mas que por ter sido rejeitado por ela, não levou-o adiante. Estava assim livre e desimpedido para executar o casamento.

Segue abaixo trecho ipsis litteris de um dos documentos anexos aos processo:

Dizem Jozeph Pinto Ramires e Bernarda Gonçalves, natural aquelle da freg.a de Laguna e f.o legitimo de Jozeph Pinto Bandr.a e de sua m.er Innocencia Ramires e esta natural da freg.a de Corytuba e f.a legit.a de Antonio Alvres Martins e de sua m.er Luzia Glz de Aguiar que sendo ella supp.te Raptada pelo supp.te de caza de seus Pays vierão ambos em comp.a p.a esta cid.e onde existem com animo e vontade de se cazarem, e com effeito logo em seu sequito veyo o Pay e irmãos da supp.te [1] com animo de vingança, e também alguns cunhados, q todos são homens temerarios, e se achão no alcance dos supp.tes por cuja cauza corriam m.to Risco as suas vidas: e por que não tem duvida em se cazarem p.a assim cessar, e são de freg.as Remottas das (...) com a brevid.e q o cazo pede não podem alcançar seos pais correntes querem os supp.tes justificar perante (...) o perigo de vida em q se achão, e outro sim serem am[bos] soltr.os, livres e desimpedidos sem impedim.to algum can(...)

[1] Os irmãos de Bernarda eram Sebastião (caso vivo na época, teria 34 anos), Inácio (se vivo, com 30 anos), Antônio Álvares de Aguiar (com 28 anos, já casado), Francisco Álvares de Oliveira (com 22 anos, casou em junho de 1750 em Curitiba) e José Álvares de Aguiar (com 21 anos); os cunhados seriam Manuel dos Santos (esposo de Maria Lopes de Aguiar), João Aires de Aguirre (casado com Leonor Gonçalves de Oliveira), Nicolau Pais da Silva (casado com Luzia Gonçalves de Aguiar)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Genealogia 38: Manuel de Ávila Machado, de Rosais

Primeira Geração

1. Manuel de Ávila Souza foi batizado em 21 maio 1769 em Viamão-RS.

Manuel casou-se com Rosa Maria da Conceição, filha de João Dias Pereira e Maria da Trindade. Rosa nasceu1 em Viamão-RS.


Fontes

1. Arquivo Pessoal de Gilson Justino da Rosa, RS-Gen #18458, 17 jul 2005.

Segunda Geração

2. Manuel de Ávila Machado nasceu em Rosais ou Velas, ilha de São Jorge. Ele casou-se com Madalena de Santo Antônio.

3. Madalena de Santo Antônio nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.


Terceira Geração

4. Antônio de Ávila Machado nasceu em Velas, ilha de S.Jorge. Ele casou-se com1 Maria de Ávila em 7 junho 1740 em Rosais, ilha de São Jorge.

5. Maria de Ávila.

6. Pedro de Souza de Quadros nasceu2 em Rosais, ilha de São Jorge. Ele casou-se com3 Isabel Teixeira Maciel em 4 abril 1720 em Velas, ilha de S.Jorge.

7. Isabel Teixeira Maciel.

Fontes

1. microfilmes LDS, Rosais, 17 dez 2007. Pesquisado por João Simões Lopes Filho.

2. microfilmes LDS, São Jorge das Velas, ilha de São Jorge, Açores, Portugal. Casamentos. Pesquisado por João Simões Lopes Filho.

3. microfilmes LDS, São Jorge das Velas, ilha de São Jorge, Açores, Portugal. Casamentos. Pesquisado por João Simões Lopes Filho.


Quarta Geração

8. Bento de Ávila Machado nasceu em Rosais, ilha de S.Jorge. Ele casou-se com Maria do Rosário de Souza em 19 janeiro 1710 em Velas, ilha de S.Jorge.

9. Maria do Rosário de Souza nasceu em Santo Amaro, ilha de S.Jorge.

10. Amaro de Ávila Machado casou-se com Susana Teixeira.

11. Susana Teixeira.

12. Bartolomeu de Souza casou-se com Bárbara Teixeira.

13. Bárbara Teixeira.

14. Manuel Afonso Maciel casou-se com Maria Álvares Teixeira.

15. Maria Álvares Teixeira.


Quinta Geração

16. Gregório de Ávila Machado casou-se com Maria do Rosário de Oliveira.

17. Maria do Rosário de Oliveira.

18. Manuel de Souza Fagundes casou-se com Luzia Vieira Fagundes.

19. Luzia Vieira Fagundes.

28. Manuel Afonso Maciel casou-se com Maria Nunes.

29. Maria Nunes.

30. Brás Dias Brasil casou-se com Maria Santa Simão.

31. Maria Santa Simão.

Genealogia 37: Antônio Álvares Sanches, de Rosais (MEA CULPA)

Estou pesquisando os casamentos de Rosais, e graças a isso achei registros que me permitiram corrigir um erro que mantive por quase cinco anos. Quando pesquisei as freguesias de Urzelina e Velas erroneamente identifiquei um casal Antônio Álvares Fagundes e Maria de Quadros Vieira, casados na igreja matriz de S. Jorge das Velas 21/02/1718, com um casal de povoadores açorianos do Rio Grande do Sul Antônio Álvares Sanches e Maria de Quadros. Este casal teria tido pelo menos dois filhos com vasta descendência no RS: João Teixeira Brasil e Teresa de Jesus. Devido a meu erro unifiquei dois casais separados como um único, e atribuí a Antônio ÁLvares Sanches (AAS daqui em diante, abreviando) e Maria de Quadros (MQ) filhos casados em Velas e Urzelina: Ana Maria (casada em 1744, Velas), Antônio Álvares de Quadros (casado em 1747, Velas) e Maria de Jesus (casada em 1758, Urzelina).

Fazendo um levantamento do máximo possível de casamentos na freguesia de Nossa Senhora dos Rosais, vim a encontrar o casamento em 13/05/1753 de AAS, viúvo de MQ, com Francisca do Rosário (um casamento que também deixou descendência no RS), e achei os casamentos de inúmeros filhos de AAS e MQ. Até aí, tudo corria bem. Mas ontem vim a achar na mesma freguesia de Rosais, no dia 12/o7/1706 , o casamento de Antônio ÁLvares Maciel com Maria de Quadros Sarmento. Epa! E agora?
Pelos nomes dos pais deste Antônio ÁLvares, ele seria irmão de outras pessoas casadas em Rosais, a saber, Manuel Pereira Maciel e Apolônia Pereira Sanches. O sobrenome "Sanches" confirmava que o dito "AA Maciel" podia também ser o mesmo "AA Sanches".
Mas e o casamento em Velas? Como eu havia unificado o AAS com o AA Fagundes, eu já os tinha em meu banco de dados como AA Sanches Fagundes.
Tive então que revirar meus "baús de ossos"...
Peguei meus antigos de cadernos de anotações, tentei localizar quando pesquisei Velas e Urzelina, e me pus a escarafunchar tudo... Pensei que levaria o dia inteiro, mas felizmente me vali de algumas pistas sobre a época no meu banco de dados e felizmente localizei as anotações originais de Velas e Urzelina.
o Casal de Velas era Antônio ÁLvares Fagundes e Maria de Quadros, e sempre são chamados assim, inclusive nos casamentos dos filhos. Assim, foi fácil desmembrar os dois casais embolados. A Maria de Jesus casada em Urzelina era filha de apenas de "Antônio Álvares " e " Maria Vieira", e unificar estes com o AAF e MQ foi um ato precipitado meu, fruto de minha inexperiência dos idos de 2002 *risos*.

Com o imbroglio resolvido, aqui posto os dados corrigidos e atualizados sobre a família de Antônio Álvares Sanches.

Primeira Geração

1. Baltazar Pereira Fagundes.

Baltazar casou-se com Maria Camacho Maciel.

Eles tiveram os seguintes filhos

2 M i. Manuel Pereira Maciel nasceu cerca de 1669 em Rosais, ilha de São Jorge.

Manuel casou-se com1 (1) Isabel Teixeira Machado, filha de Manuel Teixeira Machado e Ana Vieira Cardoso, em 9 junho 1699 em Rosais, ilha de São Jorge. Isabel nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Manuel também casou-se com1 (2) Ana Pereira de Souza, filha de João Enes Fagundes da Rosa e Isabel Pereira, em 14 fevereiro 1706 em Rosais, ilha de São Jorge.

3 F ii. Apolônia Pereira Sanches nasceu cerca de 1682.

Apolônia casou-se com2 João Fagundes Leal em outubro 1702 em Rosais, ilha de São Jorge.

+ 4 M iii. Antônio Álvares Sanches nasceu cerca de 1676.

Fontes

1. Microfilmes Nossa Senhora do Rosário dos Rosais, Pesquisa a partir de 10/12/2007, 17 dez 2007.

2. Microfilmes Nossa Senhora do Rosário dos Rosais, 17 dez 2007.


Segunda Geração

4. Antônio Álvares Sanches (Baltazar Pereira) nasceu cerca de 1676 em Rosais, ilha de São Jorge.

Antônio casou-se com (1) Maria de Quadros Sarmento, filha de Manuel Silveira Fagundes e Catarina Dias de Quadros, em 12 julho 1706 em Rosais, ilha de São Jorge. Maria nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Eles tiveram os seguintes filhos

5 M i. João Teixeira Brasil nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

João casou-se com Maria do Rosário, filha de Gabriel Pereira Diniz de Valença e Francisca Vieira, em 27 julho 1749 em Rosais, ilha de São Jorge. Maria nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

6 F ii. Bárbara Sanches nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Bárbara casou-se com Antônio Teixeira de Quadros, filho de Antônio Teixeira de Quadros e Apolônia Dias, em 5 novembro 1747 em Rosais, ilha de São Jorge. Antônio nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

7 F iii. Isabel Maria nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Isabel casou-se com Manuel Vieira, filho de Gabriel Pereira de Sequeira e Maria Vieira, em 11 julho 1751 em Rosais, ilha de São Jorge. Manuel nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

8 F iv. Teresa de Jesus nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Teresa casou-se com1 José Silveira de Oliveira, filho de Mateus de Oliveira e Luísa de Quadros, em 9 janeiro 1752 em Rosais, ilha de São Jorge. José nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

9 M v. Manuel Silveira Fagundes nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Manuel casou-se com2 Maria de Quadros, filha de João de Quadros Pereira e Bárbara Pereira, em 30 novembro 1752 em Rosais, ilha de São Jorge. Maria nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Antônio também casou-se com1 (2) Francisca do Rosário, filha de Miguel Teixeira de Quadros e Maria de Freitas, em 13 maio 1753 em Rosais, ilha de São Jorge. Francisca nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Eles tiveram os seguintes filhos

10 M vi. Francisco José "do Estreito".

11 M vii. Mateus Silveira dos Santos nasceu em Rosais, ilha de São Jorge.

Fontes

1. Microfilmes Nossa Senhora do Rosário dos Rosais, 10 dez 2007.

2. Microfilmes Nossa Senhora do Rosário dos Rosais, 10 dez 2007.

3. Microfilmes Nossa Senhora do Rosário dos Rosais, 10 dez 2007.