sábado, 17 de maio de 2008

Mitologia 12: Atená


Athenaia (outras grafias Athena, Athenais, Athanaia), a deusa guerreira, era a filha predileta de Zeus. Era tradicionalmente cultuada como virgem, embora alguns mitos isolados desmintam isso. Pelo menos na Atenas pré-helênica deve ter sido um aspecto da Grande Mãe. Seus animais prediletos eram a coruja, a serpente, a gaivota e a cabra. Sua árvore sagrada é a oliveira. Era protetora do artesanato, das ciências, da medicina, dos ofícios femininos e das artes guerreiras. Estava sempre armada com sua lança, e com um escudo revestido de pele de cabra.
O nascimento de Atenas se dá a partir de eventos iniciados ainda quando Zeus era jovem. Sua primeira esposa Metis, filha do Okeanos, era a sabedoria personificada. Como Ouranos e Gaia lhe disseram que seu filho com Metis acabaria por destroná-lo, Zeus engoliu Metis, e então gerou uma filha. Após grandes dores de cabeça, o rei dos deuses pediu para que Prometeu abrisse sua cabeça com um machado. De sua cabeça então nasceu Atena, soltando um grito de guerra. Por ter nascido da cabeça de Zeus, Athenaia incorporou sua sabedoria. Hera, furiosa, vingativamente irá gerar Hephaistos sozinha. Outras variantes importantes a fazem filha de Poseidon, do gigante Pallas, do cíclope Brontes, ou do deus Triton. A última versão explicaria o seu nascimento na Líbia, às margens do Lago Tritônio, e seu epíteto de Tritogeneia. Essa lenda origina-se do fato dos gregos terem percebido a grande semelhança entre o culto de Atena e o da deusa Neith, virgem guerreira cultuada na Líbia e no norte do Egito, em Saís.
Quando o ameaçador Typhon apareceu para enfrentar os deuses, todos eles fugiram amedrontados para o Egito, onde assumiram formas animais. Apenas a corajosa Atena permaneceu ao lado de seu pai. Uma lenda com certeza concebida para explicar o culto zoomórfico aos deuses egípcios. Também tomou parte da luta contra os Gigantes, quando matou Palante ( que numa variante era seu pai), um gigante com corpo de bode, e com sua pele fez a Égide, uma túnica de pele de cabra, invulnerável. De pele de cabra também era revestido seu escudo, que tinha fixo no centro a cabeça da górgona Medusa.


Ilustração: Fred Carvalho

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