Em terrenos fosfáticos da bacia de Ouled Abdoun, no Marrocos, datados de cerca de 60 milhões de anos, cientistas acabam de descobrir restos do que parece ser o mais primitivo proboscídeo já descrito. Em artigo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of the United States of America, o paleontólogo Emmanuel Gheerbrant batizou o fóssil de Eritherium azzouzorum, do grego êri, "cedo", e thêr, "fera, animal", homenageando os habitantes do vilarejo de Ouled Azzouz. O Eritherium possui características que o tornam não só mais primitivo de todos os Proboscídeos (Proboscidea, a ordem à qual pertencem os elefantes e seus primos extintos, os mastodontes e mamutes), como confirma o parentesco desta ordem com outros grupos extintos ainda mais arcaicos, como os condilartros da subfamília dos Louisininae. A descoberta reforça a coerência do agrupamento de mamíferos conhecidos como Afrotérios (Afrotheria), que teria evoluído no isolamento no continente africano, e inclui animais tão diferentes entre si como os elefantes, peixes-boi, hiraxes, musaranhos-elefantes, tenreques e toupeiras-douradas. O Eritherium viveu no Paleoceno Superior, na subdivisão chamada de Tanetiano.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Evolução 59: Eritherium, o ancestral mais antigo dos elefantes
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