Os cientistas que estudam os fósseis do período Cretáceo em Madagascar descobriram que a fauna de serpentes naquela ilha era muito mais variada do que se pensava. A Formação Maevarano, famosas por seus dinossauros, crocodilianos, mamíferos e aves, datada no final do período Cretáceo (Maastrichtiano), possuía uma espécie de cobra já descrita, a Madtsoia madagascariensis, um enorme predador de 8 metros de comprimento, com um estilo de vida semelhante às atuais pítons, jibóias e sucuris, embora parte de um grupo extinto de ofídios, os madtsoídeos (Madtsoiidae). Embora superficialmente semelhantes aos atuais pitonídeos e boídeos, e como tais cobras de enorme porte que provavelmente matavam suas vítimas por constrição, esta família era bem mais primitiva, e não deixou descentes ou parentes próximos nos tempos atuais. Seus fósseis foram encontrados em muitas partes do mundo, o que permite reconstituir uma distribuição predominanemente gondwânico: Cretáceo e Terciário na América do Sul; e África Cretáceo até o Plistoceno na Austrália; Cretáceo de Madagascar, Índia e Europa. A esta família pertence uma das duas novas espécies descritas, a Menarana nosymena, de porte bem menor e comprimento calculado de 2,40 m. A partir da comparação desta espécie com a espécie Madtsoia laurasiae, do Campaniano do País Basco espanhol, os paleontólogos que batizaram a espécie malgaxe sugerem transferir a espécie espanhola para o mesmo gênero, ficando assim Menarana laurasiae.
A outra espécie recém-descoberta, Kelyophis hechti, tinha menos de um metro, e pertencia a outra família extinta de cobras, as nigerofeídeas (Nigeropheidae), cuja distribuição também era predominantemente gondwânica: Cretáceo na África, Madagascar e Índia; Paleoceno na África, Eoceno na Europa Ocidental e Ásia Central.
A presença de um mesmo gênero em formações tão distantes como Maevarano (Madagascar) e Laño (Espanha, País Basco) levanta questões biogeográficas importantes. Como se deu a difusão deste gênero? Será que a inclusão de M. laurasiae no gênero Menarana será corroborado por descobertas e análises futuras?
Até o momento não foram descobertos fósseis cretáceos dos grupos de serpentes que atualmente habitam a ilha, indicando que talvez tenham lá chegado após o fim do Cretáceo.
A outra espécie recém-descoberta, Kelyophis hechti, tinha menos de um metro, e pertencia a outra família extinta de cobras, as nigerofeídeas (Nigeropheidae), cuja distribuição também era predominantemente gondwânica: Cretáceo na África, Madagascar e Índia; Paleoceno na África, Eoceno na Europa Ocidental e Ásia Central.
A presença de um mesmo gênero em formações tão distantes como Maevarano (Madagascar) e Laño (Espanha, País Basco) levanta questões biogeográficas importantes. Como se deu a difusão deste gênero? Será que a inclusão de M. laurasiae no gênero Menarana será corroborado por descobertas e análises futuras?
Até o momento não foram descobertos fósseis cretáceos dos grupos de serpentes que atualmente habitam a ilha, indicando que talvez tenham lá chegado após o fim do Cretáceo.
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