Acaba de ser descrita uma nova espécie de serpente fóssil, batizada de Sanajeh indicus por uma equipe de cientistas indianos, canadenses e norte-americanos. Descoberta em terrenos cretáceos do oeste da Índia (Formação Lameta), a serpente tinha um comprimento estimado de 3,5 m e pertencia ao grupo extinto dos madtsoídeos (Madtsoiidae), uma família de serpentes muito primitivas cujas espécie distribuíam-se principalmente pelos continentes austrais, com fósseis na América do Sul, Austrália, Madagascar e África, mas também presentes no final do Cretáceo espanhol. Os restos do esqueleto foram descobertos em meio a um ninho de dinossauros, o que aponta para uma dieta carnívora da cobra. Apesar de superficialmente semelhantes às modernas jibóias e sucuris, os madtsoídeos possuíam uma morfologia mais primitiva, não sendo capazes de dilatar suas mandíbulas como os ofídios mais modernos. Ainda assim atingiram grande tamanho, com algumas espécies chegando aos oito metros de comprimentos, e com certeza tiveram um papel importante como predadores nos territórios remanescentes do supercontinente de Gondwana. Na Austrália, sobreviveram até o Plistoceno, e podem até ter sido contemporâneas dos primeiros humanos na Austrália.
Sem as adaptações que permitem às serpentes gigantes da atualidade, como sucuris, jibóias e pítons, abocanhar e engolir presas inteiras, as madtsoídeas desenvolveram adaptações compensatórias, e atacavam suas presas mordendo e arrancando pedaços. O ninho onde a Sanajeh foi descoberta incluía ovos fossilizados e filhotes de titanossaurídeos indianos.
Sem as adaptações que permitem às serpentes gigantes da atualidade, como sucuris, jibóias e pítons, abocanhar e engolir presas inteiras, as madtsoídeas desenvolveram adaptações compensatórias, e atacavam suas presas mordendo e arrancando pedaços. O ninho onde a Sanajeh foi descoberta incluía ovos fossilizados e filhotes de titanossaurídeos indianos.
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