O sapo, embora enorme, encouraçado e com dentes possantes, possuía similaridades com algumas pequenas espécies atuais de anfíbios sul-americanos, o que significa que houve uma ligação entre as duas faunas persistindo por mais tempo do que os paleontólogos imaginavam. Madagascar e América do Sul fizeram parte do supercontinente conhecido como Gondwana que agregava também África, Antártida, Austrália e Índia, mas até então se imaginava que a partição em blocos houvesse começado durante o início do Período Cretáceo, cerca de 120 milhões atrás. Além deste sapo, há inúmeras semelhanças entre as faunas sul-americana e malgaxe no fim do período Cretáceo: crocodilos terrestres, dinossauros carnívoros (abelissauróideos) e herbívoros (titanossáurios), mamíferos primitivos (os gondwanatérios) e cobras semelhantes jibóias são alguns dos grupos que eram comuns a ambos locais. A ligação parece ter sido pelo hoje submerso platô das Ilhas Kerguelen, um remoto arquipélago nas águas sub-antárticas, que pode ter se mantido emerso por mais tempo, até pelo menos uns 80 milhões de anos, permitindo um corredor de passagem entre a América do Sul, Antártida, Índia e Madagascar).
Origem do mapa: Cosmopolitanism among Gondwanan Late Cretaceous mammals. David W. Krause, G. V. R. Prasad, Wighart von Koenigswald, Ashok Sahni and Frederick E. Grine. Nature 390, 504-507 (4 Dezembro 1997)
Nenhum comentário:
Postar um comentário