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terça-feira, 5 de julho de 2011

Evolução 247: Invictokoala

Uma espécie primitiva de coala, Invictokoala monticola, foi descoberta em um sítio paleontológico do Plistoceno Médio, com características reminiscentes de coalas ancestrais do Oligoceno.



Fonte:

Journal of Systematic Palaeontology Volume 9, Issue 2, 2011 - Invictokoala monticola gen. et sp. nov. (Phascolarctidae, Marsupialia), a Pleistocene plesiomorphic koala holdover from Oligocene ancestors

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Evolução 103: um marsupial unindo Austrália e América do Sul

Embora tenham sua história evolutiva conhecida em termos gerais, os Marsupiais ainda possuem muitos enigmas a serem desvendados. Uma delas é correta relação entre os marsupiais australianos (canguru, diabo-da-tasmânia, vombate, coala, etc.) e os sul-americanos (gambás e cuícas). O que se sabe é que os marsupiais mais primitivos, vindos da América do Norte através de uma ligação passageira no final do Cretáceo, colonizaram a América do Sul, e através de antigas conexões paleogeográficas com a Antártida, aí chegaram, atingindo depois a Austrália, onde tornaram-se os mamíferos dominantes e sofreram uma irradiação adaptativa fantástica.
Ainda há terríveis lacunas no nosso conhecimento, devido à falta de jazidas paleontológicas em períodos mais antigos na Antártida e Austrália. Os marsupiais antárticos fósseis foram descobertos na Formação La Meseta, data do Eoceno Inferior, enquanto que os mais antigos marsupiais australianos conhecidos foram achados na Formação Tingamarra, do Eoceno Médio.
Uma nova descoberta foi feita na Formação Tingamarra, que lança mais luz sobre os nossos esparsos conhecimentos: uma nova espécie, Chulpasia jimthorselli, pertencente a um gênero já conhecido do Paleoceno Superior (ou Eoceno Inferior) de Laguna Umayo, no Peru, onde viveu sua congênere C. mattaueri. A existência de um gênero de marsupiais bunodontes (isto é, de dentes molares arredondados) simultaneamente na América do Sul e Austrália comprova a permanência de uma conexão transantártica em pleno Terciário. Com os dados fornecidos pela nova espécie, foi erigida uma nova subfamília de marsupiais, os Chulpasíneos (Chulpasiinae), reunindo os gêneros Chulpasia (Austrália e Peru) e Thylacotinga (Austrália, da mesma formação Tingamarra), cuja morfologia indica a possibilidade de serem ancestrais de uma ordem extinta de marsupiais onívoros-herbívoros sul-americanos e antárticos, os Polidolopimorfos (Polydolopimorphia). Esta relação de parentesco entre as faunas eocênicas de ambos continentes é concordante com um estudo filogenético que pôs as aves ratitas sul-americanas (emas) e australianas (emus e casuares) numa relação de parentesco próximo. Além do mais, a existência de conexão transantártica no Eoceno Inferior pode aumentar as chances de serem encontrados fósseis de mamíferos não-marsupiais na Austrália, como preguiças, tatus e ungulados. Curiosamente, o sítio de Tingamara já possui uma espécie descrita de um suposto mamíferio placentário ungulado, Tingamarra porterorum. Outro grupo que pode ter uma distribuição semelhante é a dos morcegos, visto que quirópteros foram encontrados na Formação Tingamarra (Australonycteris), na Formação Laguna Fría, na Argentina, e talvez em La Meseta. Além destes, as primitivas cobras da família dos Madtsoídeos (Madtsoiidae) possui uma distribuição gondwânica, com os gêneros Patagoniophis e Alamitophis presentes concomitantemente no Campaniano argentino e no Eoceno australiano, em Tingamarra.

Chulpasia and Thylacotinga, late Paleocene-earliest Eocene trans-Antarctic Gondwanan bunodont marsupials: New data from Australia. Geobios. (no prelo provas corrigidas pelos autores). Bernard Sigé, Michael Archer, Jean-Yves Crochet, Henk Godthelp, Suzanne Hand, Robin Beck.



Evolução 101: Fauna de Gondwana VI - La Meseta, Antártida

Gondwana-índice

Formação La Meseta

Localização: Ilha Seymour, Antártida
Idade: Eoceno Médio
REPTILIA
Ordem CHELONIA
Família Dermochelyidae
aff. Psephophorus terrypratchetti
AVES
Ordem RHEIFORMES
Ordem ANSERIFORMES
Presbyornithidae
Ordem ODONTOPTERYGES
Pelagornithidae n. SVP 2011
Ciconiiformes
Phoenicopteriformes
Charadriiformes
Ordem SPHENISCIFORMES
Anthropornis nordenskjoeldi
Delphinornis larseni
Archaeospheniscus lopdelli
Palaeeudyptes gunnari
Ordem FALCONIFORMES
Polyborinae indet.
Phorusrhaciformes (ou Brontornithiformes)

GONDWANATHERIA
indet.
MARSUPIALIA
Ordem DIDELPHIMORPHIA
Derorhynchidae

Derorhynchus minutus Goin et alii, 1999
Pauladelphys juanjoi Goin et alii, 1999
Xenostylus peninsularis Goin et alii, 1999
Prepidolopidae
Perrodelphys coquinense Goin et alii, 1999
Polydolopidae
Antarctodolops dailyi Woodburne, 1982 (= Eurydolops seymourensis Case et alii, 1988)
Antarctodolops mesetaense Chornogubsky, Goin & Reguero, 2009
MICROBIOTHERIA
Woodburnodontidae
Woodburnodon casei Goin et alii, 2007
Microbiotheriidae
Marambiotherium glacialis Goin et alii, 1999
LITOPTERNA
Sparnotheriodontidae

Notiolofos arquinotiensis Bond et alii, 2006 (= Notolophus)
Ordem ASTRAPOTHERIA
Antarctodon sobrali Bond, Kramarz, MacPhee & Reguero, 2011
Tardigrada indet.
Ordem CHIROPTERA?
Chiroptera sp.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Evolução 54: Riolestes, o novo marsupial de Itaboraí

A sítio paleontológico de São José, no município de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro, é famoso por sua fauna de mamíferos primitivos, com mais de 50 milhões de anos de idade. Dezenas de espécies já foram descobertas desde o século passado, e inclui diversos grupos característicos da América do Sul, como marsupiais, xenartros e diversos mamíferos ungulados. O mais novo fóssil descrito foi batizado de Riolestes capricornicus, que faz parte da Ordem dos Paucituberculados (Paucituberculata), que compreende seis espécies vivas de marsupiais, todas habitando a Cordilheira dos Andres. São animais muito pequenos, semelhantes a camundongos ou musaranhos. Um estudo sobre o novo marsupial foi publicado na edição de abril do periódico britâncio Zoological Journal of the Linnean Society.
A descoberta do Riolestes forneceu novos dados que permitiram esclarecer as complexas relações de parentesco entre os diversos subgrupos de Paucituberculados e suas relações com outras ordens afins de marsupais sul-americanos.

Fonte:
Earliest South American paucituberculatans and their significance in the understanding of 'pseudodiprotodont' marsupial radiations. Zoological Journal of the Linnean Society, Volume 155 Issue 4 Date: April 2009 Pages: 867-884. FRANCISCO J. GOIN, ADRIANA M. CANDELA, M. ALEJANDRA ABELLO, EDISON V. OLIVEIRA