Mostrando postagens com marcador Felidae. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Felidae. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Evolução 161: Panthera onca georgica, uma onça no Cáucaso

Uma nova subespécie fóssil de onça foi descoberta... no Cáucaso, na república ex-soviética da Geórgia. A revisão dos fósseis de grandes felinos do Plistoceno mostra uma sucessão de subespécies da onça no Velho Mundo: Panthera onca toscana, no sul da Europa, Panthera onca georgica, no sítio plistocênico de Dmanisi, e Panthera onca gombaszoegensis, na Eurásia. A partir deste centro de distribuição asiática, uma linhagem emigrou para a América do Norte, dando origem à onça-norte-americana, Panthera onca augusta, e às subespécies atuais da América do Sul.

Panthera onca georgica ssp. nov. from the Early Pleistocene of Dmanisi (Republic of Georgia) and the phylogeography of jaguars (Mammalia, Carnivora, Felidae) Authors: Hemmer, Helmut; Kahlke,
Ralf-Dietrich; Vekua, Abesalom K. Source: Neues Jahrbuch für Geologie und Paläontologie - Abhandlungen, Volume 257, Number 1, July 2010 , pp. 115-127(13)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Evolução 71: Era uma vez três leões (ou dois?)

Novos estudos sobre o imponente leão-americano (Panthera atrox) sugerem que ele talvez não seja tão "leão" assim, sendo talvez mais uma espécie aparentada à onça. A relação entre o extinto "leão" da América do Norte e o atual (Panthera leo) já havia sido mencionada uma postagem anterior (Evolução 46), e agora a distância entre ambos - que já chegaram a ser considerados como partes de uma única espécie - parece cada vez maior, conforme o cladograma genealógico sugerido por estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology. A origem da "pantera-atroz" estaria talvez nos mesmos ancestrais que deram origem à onça sul-americana, a qual teve subespécies pré-históricas extintas no Velho Mundo (Panthera onca toscana) e na América do Norte (Panthera onca augusta), possivelmente derivados de uma espécie eurasiática extinta de grande felino, a Panthera gombaszoegensis.

Christiansen, Per e John M. Harris (2009). Craniomandibular Morphology and Phylogenetic Affinities of Panthera atrox: Implications for the Evolution and Paleobiology of the Lion Lineage. Journal of Vertebrate Paleontology 29(3):934-945. 2009
doi: 10.1671/039.029.0314

terça-feira, 14 de abril de 2009

Evolução 46: Era uma vez três leões...

Nenhuma espécie de mamífero carnívoro teve uma distribuição tão extensa quanto o Leão (Panthera leo), que no final do Plistoceno espalhava-se pela África, Europa, Ásia Ocidental até a Índia, Sibéria, América do Norte e América Central. Durante muito tempo se discutiu o verdadeiro status das diversas populações existentes, com a classificação tradicionalmente agrupando-as em quatro grupos de subespécies: o Leão "moderno" (Panthera leo leo), da África, sul dos Balcãs e Ásia sul-ocidental, o único ainda existente, o Leão-das-cavernas, da Eurásia (Panthera leo spelaea), os igualmente Leão-da-Beríngia, ou Leão-das-cavernas-oriental (Panthera leo vereshchagini), da Sibéria Oriental, Alaska e Noroeste do Canadá, e o Leão-americano (P. leo atrox), ocupando as Américas do Norte e Central, abaixo da linha das geleiras. Estudos genéticos a partir de espécimes fósseis revelou que na verdade os "leões" dividiam-se em três espécies distintas: o leão-moderno (Panthera leo), o leão-das-cavernas da Eurásia e Beríngia (Panthera spelaea, com duas subespécies spelaea e vereshchagini), e o leão-americano (Panthera atrox).




BARNETT,R. et alii (2009). Phylogeography of lions (Panthera leo ssp.) reveals three distinct taxa and a late Pleistocene reduction in genetic diversity. Molecular Ecology Volume 18 Issue 8, pgs 1668-1677, abril de 2009.