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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Evolução 244: Lokonepithecus manai

Nos terrenos fossilíferos de Lokone, no Oligoceno Superior do Quênia, importantes descobertas vêm sendo feitas sobre a evolução da fauna africana. A nova espécie descrita é o Lokonepithecus manai, pertencendo à família extinta dos símios Parapithecidae, até então conhecida de épocas mais antigas entre o Eoceno Superior e o Oligoceno Superior.

First record of a parapithecid primate from the Oligocene of Kenya
In Press, Corrected Proof, Available online 3 June 2011. Stéphane Ducrocq, Fredrick Kyalo Manthi, Fabrice Lihoreau. Journal of Human Evolution.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Evolução 223: Tarsius sirindhornae

Cientistas descobriram uma nova espécie fóssil de társio em jazidas tailandesas do Mioceno Médio, batizada de Tarsius sirindhornae.


A new Middle Miocene tarsier from Thailand and the reconstruction of its orbital morphology using a geometric–morphometric method
  1. Yaowalak Chaimanee1,2,*,
  2. Renaud Lebrun3,
  3. Chotima Yamee1 and
  4. Jean-Jacques Jaeger2

+ Author Affiliations

  1. 1Palaeontology Section, Department of Mineral Resources, Rama VI Road, Bangkok 10400, Thailand
  2. 2IPHEP: Institut International de Paléoprimatologie et Paléontologie Humaine, Éolution et Paleoenvironments, CNRS UMR 6046-Université de Poitiers, 40 Avenue du Recteur Pineau, 86022 Poitiers, France
  3. 3Anthropological Institute, University of Zürich, Zürich, Switzerland
  1. *Author for correspondence (yaowalak@dmr.go.th).

Abstract

Tarsius is an extant genus of primates endemic to the islands of Southeast Asia that is characterized by enormously enlarged orbits reflecting its nocturnal activity pattern. Tarsiers play a pivotal role in reconstructing primate phylogeny, because they appear to comprise, along with Anthropoidea, one of only two extant haplorhine clades. Their fossils are extremely rare. Here, we describe a new species of Tarsius from the Middle Miocene of Thailand. We reconstructed aspects of its orbital morphology using a geometric–morphometric method. The result shows that the new species of Tarsius had a very large orbit (falling within the range of variation of modern Tarsius) with a high degree of frontation and a low degree of convergence. Its relatively divergent lower premolar roots suggest a longer mesial tooth row and therefore a longer muzzle than in extant species. The new species documents a previous unknown Miocene group of Tarsius, indicating greater taxonomic diversity and morphological complexity during tarsier evolution. The current restriction of tarsiers to offshore islands in Southeast Asia appears to be a relatively recent phenomenon.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Evolução 194:novos primatas no Eoceno da Líbia

Uma série de novas espécies de primatas foi descrita no sítio paleontológico de Dur-at-Talah, datado do Eoceno Médio. Os novos primatas descritos são o lorisiforme Karanisia arenula, o afrotarsídeo Afrotarsius libycus e oligopitecídeo Talahpithecus parvus, aos quais se junta o parapitecídeo Biretia piveteaui, espécie já conhecida do sítio arglino de Bir El Ater.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Evolução 164: Saadanius, cada vez mais perto do nó entre macacos e antropóides

Uma nova espécie de primata fóssil, batizada de Saadanius hijazensis, foi nomeada a partir de restos encontrados na unidade média da Formação Shumaysi, na Arábia Saudita. As características ímpares do Saadanius o fazem uma ótima pista para entendermos a bifurcação evolutiva ocorrida entre os macacos do Velho Mundo (cercopitecos, babuínos, macacas, langures) e os grandes símios antropóides (gibão, orangotango gorila, chimpanzé, homem).
A fauna associada, que ajudou a identifcar o caráter oligocênico do sítio paleontológico, inclui diversas formas similares à formação de Chilga (Etiópia, Oligoceno Superior), ligeiramente mais nova.
Bothriogenys fraasi (Artiodactyla, Anthracotheriidae)
Palaeomastodon sp. indet. (Proboscidea, Palaeomastodontidae)
Mammutidae gen. et sp. indet. (Proboscidea)
cf. Gomphotherium sp. nov. Chilga-type (Proboscidea, Gomphotheriidae)
Megalohyrax eocaenus (Hyracoidea, Saghatheriidae)
Geniohyus ou Bunohyrax sp. indet. (Hyracoidea, Geniohyidae)
Arsinoitherium cf. A. zitelli (Embrithopoda, Arsinoitheriidae)

Fonte: Zalmout, I., et al. Nature 466, 360-363 (2010). | Artigo

sábado, 22 de maio de 2010

Evolução 147: Homo gautengensis

Restos de hominídeos encontrados na África do Sul, e datados de um período dentro da faixa de 2.0 a 1.26 milhões de anos foram batizado de Homo gautengensis, que seria a mais antiga espécie do gênero Homo. Mais antigos que o Homo habilis, não parecem estar em nossa linha ancestral, sendo mais uma linha colateral.


A review of early Homo in southern Africa focusing on cranial, mandibular and dental remains, with the description of a new species (Homo gautengensis sp. nov.)

HOMO - Journal of Comparative Human Biology, In Press, Corrected Proof, Available online 13 May 2010,

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Evolução 113: Pliopithecus canmatensis

Pliopithecus (Pliopithecus) canmatensis sp. nov. é descrita a partir de algumas localidades aragonesas tais como Abocador de Can Mata (ACM) em els Hostalets de Pierola (Vacia de Vallès-Penedès, Catalunha, Espanha), datados entre 11.7 e 11.6 milhões de anos, correlacionados com o MN8 (referência: La Grive L3). As diferenças morfológicas encontradas justificam a distinção taxonômica da espécie mais conhecida P. antiquus. O Pliopithecus era um gênero fóssil de macacos que viveram no Mioceno Superior e Plioceno do Velho Mundo, originalmente considerados como ancestrais dos gibões, mas ultimamente vistos como um grupo extinto de antropóides com caracteres arcaicos.

A new species of Pliopithecus Gervais, 1849 (Primates: Pliopithecidae) from the Middle Miocene (MN8) of Abocador de Can Mata (els Hostalets de Pierola, Catalonia, Spain) (p 52-75)
David M. Alba, Salvador Moyà-Solà, Assumpció Malgosa, Isaac Casanovas-Vilar, Josep M. Robles, Sergio Almécija, Jordi Galindo, Cheyenn Rotgers, Juan Vicente Bertó Mengual
Published Online: Jun 19 2009 3:17PM
DOI: 10.1002/ajpa.21114

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Evolução 89: Afradapis, o primo desmancha-prazeres de Darwinius

A descoberta do Darwinius masillae no início do ano inundou os meios de comunicação com manchetes de "ancestral do homem", "elo perdido", "a descoberta das descobertas", num grau de euforia que desde cedo contestada e repelida por muitos paleontólogos, que preferiram a cautela. A proposição inicial de que a análise do completíssimo e conservadíssimo esqueleto do Darwinius, encontrado no sítio de Messel, na Alemanha (Eoceno Médio), colocava os Adapiformes como parentes mais próximos dos Haplorrinos (Haplorhini, incluindo társios, macacos e nós, humanos) que dos Estrepsirrinos (Strepsirhini, com os lêmures, galagos e lórises).
Aqueles que preferiram a científico e cauteloso ceticismo não tiveram que esperar muito para ver sua cautela premiada: A descoberta de mais um adapiforme, desta vez no Eoceno Superior de Birket Qarun, Egito, desmanchou o pretenso status de "ancestral humano" do Darwinius. O recém-batizado Afradapis longicristatus, revelou-se parte de um curioso clã de adapiformes que desenvolveram alguns traços convergentes com os símios primitivos, mas sem deixar descendentes. O grupo, reunido na subfamilia do Cenopitecíneos (Caenopithecinae), inclui os europeus Caenopithecus lemuroides (descoberto em 1862) e o "decaído" Darwinius, assim como os africanos Afradapis e Aframonius dieides, o que pressupõe uma migração afro-européia mais antiga, já que nesta época os continentes eram separados pelo Oceano Tétis. Uma rota presumida passaria por alguma cadeia de ilhas ligando de alguma forma o norte da África com o sul da Europa.



Erik R. Seiffert, Jonathan M. G. Perry, Elwyn L. Simons & Doug M. Boyer (2009). Convergent evolution of anthropoid-like adaptations in Eocene adapiform primates. Nature 461, 1118-1121 (22 October 2009)
doi:10.1038/nature08429

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Evolução 77: Algeripithecus não era macaco?

As descobertas de fósseis mais completos da espécie de primata conhecida como Algeripithecus minutus permitiu uma revisão de sua classificação. Este animal, descoberto na Argélia em 1992, e datado do Eoceno Médio, há uns 40 milhões de anos, foi então classificado como a mais antiga forma conhecida de macaco (a infraordem Anthropoidea, parte da subordem Haplorhini, da ordem Primates), antecedendo as espécies conhecidas do Eoceno Superior egípcio (Aegyptopithecus, Parapithecus e Propliopithecus, dentre outras). Com a descoberta de uma série de primatas arcaicos no Sudeste Asiático eocênico, a polêmica sobre a origem dos símios aumentou, alguns cientistas vendo neles uma origem africana, e com outros preferindo ver nas formas africanas como uma ramificação a partir de um núcleo sul-asiático.
A revisão do Algeripithecus incoporou uma série de novos dados, que o fazem, junto com outra espécie contemporânea e conterrânea, o Azibius trerki, membros dos Strepsirhini, a subordem de primatas que inclui os lêmures de Madagascar, e seus parentes vivos mais próximos, os galagos africanos e os lórises asiáticos. Com isso, aumentaria a possibilidade de que os defensores da teoria "asiática" estejam certos, com os símios só aparecendo na África no final do Eoceno, a partir de uma imigração do sul da Ásia, por uma rota ainda não muito bem explicada, mas que é coerente com a distribuição eocênica de outros grupos de mamíferos, como os roedores histricomorfos (grupo ao qual pertence o porco-espinho) e os antracotérios (um grupo extinto de artiodátilos de hábitos semelhantes aos hipópotamos e que podem ser os seus ancestrais). Entretanto, ainda existe um fóssil africano mais antigo, o Altiatlasius do Paleoceno Superior marroquino, que é considerado como membro dos Anthropoidea segundo o cladograma abaixo, apresentado no referido artigo.

Tabuce R, Marivaux L, Lebrun R, Adaci M, Bensalah M, Fabre P-H, Fara E, Gomes-Rodrigues H, Hautier L, Jaeger J-J et al. 2009. Anthropoid vs. strepsirhine status of the African Eocene primates Algeripithecus and Azibius: craniodental evidence. Proceedings of the Royal Society of London. Published online before print September 9, 2009, doi:10.1098/rspb.2009.1339.


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Evolução 60: Ganlea megacanina, o mais antigo macaco?



Fósseis de cerca de 38 milhões de anos de idade, encontrados na jazida paleontológica de Pondaung, em Mianmar, parecem ser os mais antigos exemplares conhecidos de símios. Batizado de Ganlea megacanina, este primata do Eoceno Superior, foi classificado na família extinta dos anfipitecídeos (Amphipithecidae), a qual, acredita-se, pode ser a origem dos símios (Subordem Anthropoidea da Ordem Primates). A descoberta aumenta o número de anfipitecídeos conhecidos (Siamopithecus, Pondaungia, Ganlea, Myanmarpithecus e Amphipithecus). Com certeza haverá uma enxurrada de manchetes bombásticas falando de "novo elo perdido", "nova origem do homem", "antropóides evoluíram na Ásia", propagadas ainda mais pelo desleixo do jornalismo científico. É uma descoberta importante, mas é preciso cautela em se propagandear exageros. A presença de Antropóides (também chamados de Símios ou Simiiformes) no Eoceno Asiático já era bem documentada, a questão é saber, se eles vieram da África (onde também existem fósseis contemporâneos) ou vice-versa. É interessante salientar que os roedores histricomorfos (grupo que inclui o porco-espinho, a capivara e a cutia, dentre outros) segue o mesmo padrão de distribuição paleozoogeográfica.

K. Christopher Beard
, Laurent Marivaux, Yaowalak Chaimanee, Jean-Jacques Jaeger, Bernard Marandat, Paul Tafforeau, Aung Naing Soe, Soe Thura Tun, and Aung Aung Kyaw (2009). A new primate from the Eocene Pondaung Formation of Myanmar and the monophyly of Burmese amphipithecidsProc. R. Soc. B doi:10.1098/rspb.2009.0836

terça-feira, 2 de junho de 2009

Evolução 56: Anoiapithecus

Pesquisadores liderados por Salvador Moyà-Solà, da Universidade Autônoma de Barcelona, descobriram e descreveram uma nova espécie de primata extinto que pode trazer nossos dados sobre a origem dos grandes macacos (orangotangos, gorilas e chimpanzés) e do homem. O bicho de 12 milhões de anos, batizado de Anoiapithecus brevirostris, tem características anatômicas que o ligam, em parte, aos ancestrais diretos dos grandes macacos, mas também a primatas menores e mais primitivos. Uma vez que o animal foi achado na Espanha, a descoberta daria mais peso à hipótese de que os grandes macacos surgiram na Europa e na Ásia e só mais tarde teriam ido para a África. A análise está na revista científica americana "Proceedings of the Natural Academy of Sciences".

Salvador Moyà-Solà, David M. Alba, Sergio Almécija, Isaac Casanovas-Vilar, Meike Köhler, Soledad De Esteban-Trivigno, Josep M. Robles, Jordi Galindo, and Josep Fortuny (2009). A unique Middle Miocene European hominoid and the origins of the great ape and human clade.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Evolução 55: Darwinius, a descoberta (não tão) revolucionária



Darwinius masillae é o nome da mais nova espécie de primata fóssil descoberta do riquíssimo depósito fossilífero de Messel, na Alemanha. Seria apenas mais uma espécie de primata descoberta naquele terreno datado do Eoceno Médio, há cerca de 50 milhões de anos atrás se não fosse tão completo que poderia revolucionar o nosso conhecimento sobre a evolução dos primatas.
Este pequeno primata faz parte da superfamília dos Adapóides (Adapoidea) e da família dos Notartídeos (Notharctidae), animais muito primitivos que eram considerados como os ancestrais mais remotos dos atuais lêmures e lórises, com os quais constituem os Estrepsirrinos (Strepsirhini), a subordem mais "primitiva" da ordem dos Primatas. A outra subordem, a dos Haplorrinos (Haplorhini), incluiria os társios e os símios (inclusos nós, humanos).


Quando da descoberta do Darwinius (assim batizado em homenagem ao bicentenário de nascimento de Charles Darwin) pensou-se inicialmente que os Adapóides passariam a ficar mais próximos dos ancestrais dos símios, e assim mudando para a subordem dos Haplorhini. ps: Inicialmente publiquei as primeiras conclusões da descoberta, incluindo a conclusão cautelosa "Vamos aguardar futuros estudos para esclarecer melhor esta reviravolta genealógica". Pois bem de fato, estudos posteriores confirmaram o posicionamento anterior, ou seja, os Adapóides continuam como Strepsirhini.




Erik R. Seiffert, Jonathan M. G. Perry, Elwyn L. Simons & Doug M. Boyer (2009). Convergent evolution of anthropoid-like adaptations in Eocene adapiform primates. Nature 461, pg. 118-1121 (22 October 2009) doi:10.1038/nature08429

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Evolução 36: Kenyapithecus kizili, nosso novo "tio"

Chama-se Kenyapithecus kizili a nova espécie de antropóide fóssil, cujos restos foram descobertos em Pasalar, na Turquia, em terrenos datados como pertencentes ao Mioceno Médio. O gênero já era conhecido através de sua espécie-tipo, Kenyapithecus wickeri, de Fort Ternan, no Quênia. A nova espécie dividia seu habitat com outra espécie aparentada, a Griphopithecus alpani.
Referência:
Kelley J, Andrews P, Alpagut B. (2008) - Journal of Human Evolution 54(4):455-79 . A new hominoid species from the middle Miocene site of Paşalar, Turkey.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Evolução 34: Primatas primitivos no Paquistão

Cientistas descobriram várias espécies de primatas muito primitivos em terrenos que datam de cerca de 60 milhões de anos atrás, no Paquistão. Os novos primatas, que foram incluídos nos grupo extintos dos Omomyiformes e Adapiformes, foram batizados de Panobius russelli, Panobius amplior, Sulaimania arifi, Indusius kaliae e Kohatius (espécie ainda indeterminada, mas similar à já conhecida como K. coppensi), demonstram fascinantes pontos em comum com espécies afins e contemporâneas na Europa Ocidental, mostrando que havia algum tipo de passagem terrestre entre as duas regiões. Tais similaridades são coerentes com as observadas em outros grupos de mamíferos, tais como morcegos e mamíferos ungulados. As descobertas destes primatas ampliam o nosso conhecimento sobre a fauna eocênica da Índia e Paquistão, e suas possíveis correlações com outras áreas, tais como a Europa Ocidental, o leste da Ásia e a América do Norte.


Gunnell, G. F., P. D. Gingerich, M. Haq, J. I. Bloch, I. H. Khan, and W. C. Clyde. 2008. New primates (Mammalia) from the early and middle Eocene of Pakistan and their paleobiogeographical implications. Contributions from the Museum of Paleontology, University of Michigan, 32: 1-14. O PDF do artigo está disponível para download no site de Philip Gingerich.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Evolução 24: Vectipithex, um novo gênero de primatas primitivos

Os omomiídeos (Omomyidae) eram um grupo de primatas muito primitivos, de aspecto vagamente semelhante aos atuais társios e lórises, que espalhavam-se pelas florestas tropicais e subtropicais que cobriam todo o Hemisfério Norte durante o Eoceno, durando até a época subseqüente do Oligoceno (ou seja, de cerca de 55 até uns 30 milhões de anos atrás). Suas características indicam que provavelmente eram aparentados aos remotos ancestrais comuns dos társios modernos e dos macacos. Compreendem dezenas de gêneros, e uma de suas subfamílias eram os Microqueríneos (Microchoerinae), constituídos por inúmeras espécies endêmicas do Eoceno da Europa.
Palentólogos erigiram um novo gênero, Vectipithex (de Vecti-, nome latino da ilha inglesa de Wight, e pithex, "macaco", em grego), cuja espécie-tipo é a recém-classificada Vectipithex smithorum. Além desta, o gênero foi extendido para incluir mais 3 espécies já conhecidas: V. ulmensis (antes incluída no gênero Protoadapis da família Adapidae); V. quayley e V. raabi (ambas as últimas incluídas anteriormente no gênero afim Nannopithex). Com a reclassificação destas espécies, o gênero abrange espécies cuja faixa temportal estendia-se do início do Eoceno Médio até o final do Eoceno Superior. O estudo, publicado na edição de outubro do Journal of Vertebrate Paleontology, mostra que da diversificação dos Microchoerinae deu-se num período relativamente curto. Outros gêneros muito próximos ao Vectipithex eram os já conhecidos Microchoerus, Necrolemur e Nannopithex.

Hooker JJ, Harrison DL (2008) A New Clade of Omomyid Primates from the European Paleogene. Journal of Vertebrate Paleontology: Vol. 28, No. 3 pp. 826–840