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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Evolução 271: Microtuban altivolans, um pterossáurio libanês
(em breve)
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
Evolução 245: Darwinopterus robustodens
A New Darwinopterid Pterosaur from the Middle Jurassic of Western Liaoning, Northeastern China and its Ecological Implications
Author:
Junchang LÜ,Li XU,Huali CHANG,Xingliao ZHANG
Publication:
Acta Geologica Sinica (English Edition)
Publisher:
John Wiley and Sons
Date:
Jun 1, 2011
Copyright © 2011, John Wiley and Sons
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segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 19 de dezembro de 2010
Evolução 203: Unwindia
Mais um réptil voador foi descoberto na prodigiosa formação de Santana do Araripe, no Ceará. O novo pterossauro foi batizado de Unwindia trigonus, e seus fósseis foram escavados no Membro Romualdo da Formação Santana (Albiano Superior, Cretáceo).
Title: A new pterodactyloid pterosaur from the Santana Formation (Cretaceous) of
Brazil
Authors: David M. Martill
PII: S0195-6671(10)00121-7
DOI: 10.1016/j.cretres.2010.12.008
Reference: YCRES 2608
To appear in: Cretaceous Research
Title: A new pterodactyloid pterosaur from the Santana Formation (Cretaceous) of
Brazil
Authors: David M. Martill
PII: S0195-6671(10)00121-7
DOI: 10.1016/j.cretres.2010.12.008
Reference: YCRES 2608
To appear in: Cretaceous Research
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sexta-feira, 30 de julho de 2010
Evolução 172: Faxinalipterus, o pterossauro mais antigo do mundo era gaúcho
A mais antiga e mais primitiva espécie de pterossáurio (lagartos alados) pode ser brasileira. Os restos foram encontrados na Formação Caturrita, no Triássico do Rio Grande do Sul, e a criatura recebeu o nome de Faxinalipterus minima.
Bonaparte, J. F., Schultz, C. L., and M. B. Soares. 2010. Pterosauria from the Late Triassic of Southern Brazil, pp. 63-71 in Bandyopadhyay, S. (ed.), New Aspects of Mesozoic Biodiversity, Lecture Notes in Earth Sciences 132, Springer-Verlag Berlin/ Heidelberg, DOI: 10.1007/978-3-642-10311-7
Bonaparte, J. F., Schultz, C. L., and M. B. Soares. 2010. Pterosauria from the Late Triassic of Southern Brazil, pp. 63-71 in Bandyopadhyay, S. (ed.), New Aspects of Mesozoic Biodiversity, Lecture Notes in Earth Sciences 132, Springer-Verlag Berlin/ Heidelberg, DOI: 10.1007/978-3-642-10311-7
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Evolução 83: Darwinopterus, o Elo Alado

Os Pterossáurios, os integrantes da extinta ordem Pterosauria eram um grupo extinto de répteis alados, que apesar da aparência, não são ancestrais das aves atuais, guardando apenas um parentesco remoto que também compartilham com os dinossauros e crocodilianos. Popularmente chamados de pterodáctilos, devido ao Pterodactylus descoberto em jazidas fósseis européias no século XIX, estes fascinantes animais voavam graças a asas membranosas estendidas em um dedo extremamente longo, diferente de pássaros e morcegos, por exemplo. Esta ordem, extinta no final do período Cretáceo, conta com mais de uma centena de espécies distribuída num período de mais de cem milhões de anos, e divide-se tradicionalmente em dois grupos, diferenciados por morfologias bem distintas.
Os Ranforrincóideos (Rhamphorhynchoidea) possuíam caudas longas e pernas curtas, cujos movimentos eram dificuldados por uma membrana (patágio) ligando a cauda à quinta falange do dedo do pé. São os mais primitivos e compreendem espécies desde o Triássico Superior até o começo do Cretáceo.
Os Pterodactilóideos (Pterodactyloidea) possuíam caudas curtas, e as pernas possuíam mais liberdade de movimento, já que a quinta falange não existe mais. Evoluíram a partir dos ranforrincóideos em algum momento do Jurássico Médio e rapidamente irradiaram-se em uma ampla diversidade de formas, tamanhos e hábitos alimentares. Alguns atingiram tamanhos gigantescos no final do Cretáceo, enquanto outros eram frugívoros, piscívoros e carnívoros.
Como um destes costumeiros percalços no entendimento das estratégias evolutibas, não se conhece nenhum intermediário entre ambos os grupos.
ISTO É, NÃO SE CONHECIA. ATÉ ESTE ANO.
Darwinopterus modularis foi o nome dado à mais nova espécie de pterossaúrio descoberta na Formação Tiaojishan, nos limites entre o Jurássico Médio e Superior chinês. Batizado em homenagem ao bicentenário de nascimento de Charles Darwin, este singular réptil alado mostra um belo exemplo de intermediário evolutivo. Sua cauda longa e pernas atadas a uma membrana de pele o tornavam inepto para um rápido deslocamento no chão, fazendo logicamente supor que se tratava de um predador aéreo, caçando talvez pterossáurios menores (como seu contemporâneo, o ranforrincóideo Changchengopterus pani) e pequenos dinossauros alados como o Anchiornis huxleyi. Combinando um corpo com características ranforrincóideas e uma cabeça que já prenuncia o surgimento dos pterodatilóideos, o Darwinopterus é uma das grandes descobertas do ano.
Lü, J., Unwin, D. M., Jin, X., Liu, Y. & Ji, Q. 2009. Evidence for modular evolution in a long-tailed pterosaur with a pterodactyloid skull. Proceedings of the Royal Society B doi:10.1098/rspb.2009.1603
Os Ranforrincóideos (Rhamphorhynchoidea) possuíam caudas longas e pernas curtas, cujos movimentos eram dificuldados por uma membrana (patágio) ligando a cauda à quinta falange do dedo do pé. São os mais primitivos e compreendem espécies desde o Triássico Superior até o começo do Cretáceo.
Os Pterodactilóideos (Pterodactyloidea) possuíam caudas curtas, e as pernas possuíam mais liberdade de movimento, já que a quinta falange não existe mais. Evoluíram a partir dos ranforrincóideos em algum momento do Jurássico Médio e rapidamente irradiaram-se em uma ampla diversidade de formas, tamanhos e hábitos alimentares. Alguns atingiram tamanhos gigantescos no final do Cretáceo, enquanto outros eram frugívoros, piscívoros e carnívoros.
Como um destes costumeiros percalços no entendimento das estratégias evolutibas, não se conhece nenhum intermediário entre ambos os grupos.
ISTO É, NÃO SE CONHECIA. ATÉ ESTE ANO.
Darwinopterus modularis foi o nome dado à mais nova espécie de pterossaúrio descoberta na Formação Tiaojishan, nos limites entre o Jurássico Médio e Superior chinês. Batizado em homenagem ao bicentenário de nascimento de Charles Darwin, este singular réptil alado mostra um belo exemplo de intermediário evolutivo. Sua cauda longa e pernas atadas a uma membrana de pele o tornavam inepto para um rápido deslocamento no chão, fazendo logicamente supor que se tratava de um predador aéreo, caçando talvez pterossáurios menores (como seu contemporâneo, o ranforrincóideo Changchengopterus pani) e pequenos dinossauros alados como o Anchiornis huxleyi. Combinando um corpo com características ranforrincóideas e uma cabeça que já prenuncia o surgimento dos pterodatilóideos, o Darwinopterus é uma das grandes descobertas do ano.
Lü, J., Unwin, D. M., Jin, X., Liu, Y. & Ji, Q. 2009. Evidence for modular evolution in a long-tailed pterosaur with a pterodactyloid skull. Proceedings of the Royal Society B doi:10.1098/rspb.2009.1603
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sábado, 15 de agosto de 2009
Evolução 65: Tupuxuara deliradamus, novo pterodáctilo brasileiro
Chama-se Tupuxuara deliradamus a nova espécie de pterodáctilo descrita na Formação Santana da Bacia do Araripe, no Ceará, datada do meio do período Cretáceo. O novo fóssil aumenta para três o número de espécies descritas do gênero Tupuxuara, juntando-se às já conhecidas T. longicristatus e T. leonardii. Com os novos dados fornecidos pela descoberta, estabeleceu-se uma nova família de répteis voadores, os Talassodromídeos (Thalassodromidae), incluindo, além do gênero citado, seu parente próximo Thalassodromeus sethi, outra criatura alada do Cretáceo cearense. A família fica incluída na superfamília dos Azhdarchoidea, que inclui as maiores formas conhecidas de pterodáctilos. Alguns membros deste grupo, como o Quetzalcoatlus norte-americano e o Hatzegopteryx romeno, eram tão gigantescos, que os cientistas estão passando a propor para eles um modo de vida terrestre e quadrúpede, alimentando-se de vertebrados como se fossem cegonhas ou garças titânicas.
A new species of Tupuxuara (Thalassodromidae, Azhdarchoidea) from the Lower Cretaceous Santana Formation of Brazil, with a note on the nomenclature of Thalassodromidae
Cretaceous Research, In Press, Corrected Proof, Available online 21 July 2009,
Mark P.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Evolução 26: Lacusovagus, o novo pterodáctilo brasileiro
A vasta lista de pterodáctilos descobertos na Formação Crato, no Ceará, ganhou mais um integrante. Em artigo publicado na revista Palaeontology (Volume 51 Issue 6, Pages 1289 - 1300), o paleontólogo Mark Witton descreve o Lacusovagus magnificens, um réptil voador atribuído ao grupo dos Azdarcóides (Azhdarchoidea) e à família dos Chaoiangopterídeos (Chaoyangopteridae). Partes do seu crânio foram recuperados em Nova Olinda, e indicam que ele pode ser o maior pterodáctilo já descoberto na Formação Crato. É o primeiro membro desta família encontrado fora da China, e era um verdadeiro gigante comparado a seus parentes mais próximos.
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quarta-feira, 28 de maio de 2008
Evolução 17: Pterossáurios gigantes apenas andavam??

Os Pterossáurios (Ordem Pterosauria) foram um grupo extinto de répteis voadores que dominaram os céus do fim do Triássico até o Cretáceo, ou seja, viveram de cerca de 200 milhões até 63 milhões de anos atrás. Extinguiram-se junto com outros animais incríveis, como os dinossauros e os grandes lagartos marinhos. As espécies de pterossáurios possuíam uma grande variação de formas e tamanhos: alguns eram pequenos como passarinhos, enquanto outros atingiam absurdos 15m de envergadura, grandes como um pequeno avião. As maiores espécies pertenciam à família dos Azhdarchidae (cujo aportuguesamento poderia ser "Azdarquídeos" ou "Asdarquídeos", ou "Azdarchídeos", se preferirmos uma forma mais próxima do original), que incluía verdadeiros "dragões" como o Quetzalcoatlus texano e o Hatzegopteryx da Transilvânia (apropriado, não?). Tais gigantes do ar eram tão grandes, mas curiosamente não temos ainda quase nenhum esqueleto completo deles, e suas medidas, principalmente o peso, são em grande parte estimativa.
Durante muito tempo foram imaginados como urubus titânicos, que usavam suas enormes envergaduras para planar nas correntes de ar quente. Seus crânios gigantescos e seus compridos pescoços indicam animais de mais de 3m de comprimento, e deveriam pesar bem mais de 100 kg.
O que sempre intrigou os paleontólogos e biólogos era como animais tão grandes poderiam voar? Como decolavam?
Uma nova hipótese foi lançada por uma dupla de paleontólogos britânicos, Mark Witton e Darren Naish, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido). Em estudo publicado na revista científica de acesso livre "PLoS One", a dupla estudou a anatomia funcional e a ecologia dos azdarquídeos.
A conclusão é que estes "dragões" na verdade viviam no solo, caminhando nas patas compridas
como descomunais cegonhas e jaburus. Com seus pescoços e bicos compridos, "pescavam" presas de pequeno porte, como lagartos e filhotes de dinossauros. Locomoviam-se como quadrúpedes, e com essa nova reconstrução revista, ficaram parecidos a uma bizarra mistura de cegonha, dragão e girafa. A primeira ilustração mostra como poderiam viver tais criaturas. Como quadrúpedes pernaltas, as maiores espécies podiam chegar a mais de dois metros de altura nos ombros (o traço vertical mostra a altura aproximada de uma pessoa, em relação ao azdarquídeo batizado de Zhejiangopterus).
A família Azhdarchidae conta com muitos gêneros, espalhados pelo mundo: Azhdarcho (Usbequistão), Aralazhdarcho (Cazquistão), Arambourgiana (Jordânia), Bakonydraco (Hungria), Montanazhdarcho (EUA), Hatzegopteryx (Romênia), Phosphatodraco (Marrocos), Quetzalcoatlus (EUA) e Zhejiangopterus (China), dentre outros. Parentes próximos dos Azdarquídeos eram os Tapejarídeos, família com diversas espécies brasileiras e cearenses. O nome do gênero que dá nome à família, Azhdarcho, é um termo de origem usbeque significando "dragão" (nome que remonta ao demônio-dragão zoroastriano Az^i Dahaka, Azdahak).
Darren Naish possui um excelente blog sobre vertebrados vivos e extintos, o Tetrapod Zoology.

Durante muito tempo foram imaginados como urubus titânicos, que usavam suas enormes envergaduras para planar nas correntes de ar quente. Seus crânios gigantescos e seus compridos pescoços indicam animais de mais de 3m de comprimento, e deveriam pesar bem mais de 100 kg.
O que sempre intrigou os paleontólogos e biólogos era como animais tão grandes poderiam voar? Como decolavam?
Uma nova hipótese foi lançada por uma dupla de paleontólogos britânicos, Mark Witton e Darren Naish, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido). Em estudo publicado na revista científica de acesso livre "PLoS One", a dupla estudou a anatomia funcional e a ecologia dos azdarquídeos.
A conclusão é que estes "dragões" na verdade viviam no solo, caminhando nas patas compridas

A família Azhdarchidae conta com muitos gêneros, espalhados pelo mundo: Azhdarcho (Usbequistão), Aralazhdarcho (Cazquistão), Arambourgiana (Jordânia), Bakonydraco (Hungria), Montanazhdarcho (EUA), Hatzegopteryx (Romênia), Phosphatodraco (Marrocos), Quetzalcoatlus (EUA) e Zhejiangopterus (China), dentre outros. Parentes próximos dos Azdarquídeos eram os Tapejarídeos, família com diversas espécies brasileiras e cearenses. O nome do gênero que dá nome à família, Azhdarcho, é um termo de origem usbeque significando "dragão" (nome que remonta ao demônio-dragão zoroastriano Az^i Dahaka, Azdahak).
Darren Naish possui um excelente blog sobre vertebrados vivos e extintos, o Tetrapod Zoology.
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Evolução 10: Nemicolopterus, o menor dos répteis voadores
Paleontólogos brasileiros apresentaram nesta segunda-feira a menor espécie de pterossauro do planeta, o Nemicolopterus crypticus. Com apenas 25 cm de envergadura, o fóssil foi encontrado na localidade conhecida como Luzhougou, na província de Liaoning, na China.
O material foi retirado de rochas sedimentares que fazem parte da Formação Jiufotang, um depósito de fósseis de aproximadamente 120 milhões de anos (período Cretáceo).
Os dados obtidos a partir do estudo dessa nova espécie permitiram a elaboração de uma nova teoria sobre a evolução desses répteis voadores. Segundo os paleontólogos, os grandes pterossauros, que em sua maioria alimentavam-se de peixes, teriam descendido de formas pequenas, que viviam nas copas de árvores e se alimentavam de insetos.
"O animal tinha os membros inferiores totalmente adaptados à atividade arbórea", conta o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, que participou do estudo. Outra particularidade, segundo as análises do fóssil, é a ausência de dentes.
A descoberta foi descrita em artigo publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", uma das principais revistas científicas do mundo. Esta é a primeira vez que pesquisadores brasileiros (juntamente com pesquisadores chineses) publicam um artigo de paleontologia na revista.
Sobre o Nemicolopterus crypticus
Pterossauros não são aves, mas também não são dinossauros. Ambos tiveram um ancestral comum e cada grupo seguiu sua própria história evolutiva. Sua extinção aconteceu há cerca de 65 milhões de anos, juntamente com a maioria dos dinossauros.
O nome Nemicolopterus crypticus vem das expressões em grego Nemos, que significa floresta; ikolos, morador; pteros, asa; e kryptos, o escondido. Uma tradução livre nos permite chamá-lo de "o morador alado da floresta".
Dentre os grupos de pterossauro, a nova espécie pertence aos Dsungaripteroidea, grupo em que predominam espécies de grande porte, com mais de um metro, alguns até com mais de cinco metros. O Nemicolopterus crypticus é 20 vezes menor que o pterossauro brasileiro Anhanguera piscator.
Devido à constituição óssea do fóssil, o pterossauro encontrado na China era jovem, mas não recém-nascido. Mesmo que sua forma adulta chegasse ao dobro do seu tamanho, o Nemicolopterus crypticus continuaria a ser a menor espécie de pterossauro do mundo.
A região de Liaoning, na China, onde o fóssil foi descoberto, destaca-se como um dos principais sítios paleontológicos do mundo pela diversidade de espécies do período Cretáceo lá encontradas. No Brasil, fósseis de pterossauro já foram encontrados na Bacia do Araripe, na Região Nordeste.
Parceria
A participação de pesquisadores brasileiros no estudo dos fósseis encontrados na China é fruto de uma parceria entre as academias de ciências de ambos os países, há cerca de quatro anos. Em 2005, duas outras espécies de pterossauros chineses foram descritas em um trabalho que contou com paleontólogos brasileiros e foi divulgado na revista "Nature".
Além de Kellner, participaram do trabalho científico com o novo pterossauro os pesquisadores Diogenes de Almeida Campos, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Xiaolin Wang e Zhonghe Zhou, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim, na China.
O financiamento da pesquisa brasileira contou com o apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
O material foi retirado de rochas sedimentares que fazem parte da Formação Jiufotang, um depósito de fósseis de aproximadamente 120 milhões de anos (período Cretáceo).
Os dados obtidos a partir do estudo dessa nova espécie permitiram a elaboração de uma nova teoria sobre a evolução desses répteis voadores. Segundo os paleontólogos, os grandes pterossauros, que em sua maioria alimentavam-se de peixes, teriam descendido de formas pequenas, que viviam nas copas de árvores e se alimentavam de insetos.
"O animal tinha os membros inferiores totalmente adaptados à atividade arbórea", conta o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, que participou do estudo. Outra particularidade, segundo as análises do fóssil, é a ausência de dentes.
A descoberta foi descrita em artigo publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", uma das principais revistas científicas do mundo. Esta é a primeira vez que pesquisadores brasileiros (juntamente com pesquisadores chineses) publicam um artigo de paleontologia na revista.
Sobre o Nemicolopterus crypticus
Pterossauros não são aves, mas também não são dinossauros. Ambos tiveram um ancestral comum e cada grupo seguiu sua própria história evolutiva. Sua extinção aconteceu há cerca de 65 milhões de anos, juntamente com a maioria dos dinossauros.
O nome Nemicolopterus crypticus vem das expressões em grego Nemos, que significa floresta; ikolos, morador; pteros, asa; e kryptos, o escondido. Uma tradução livre nos permite chamá-lo de "o morador alado da floresta".
Dentre os grupos de pterossauro, a nova espécie pertence aos Dsungaripteroidea, grupo em que predominam espécies de grande porte, com mais de um metro, alguns até com mais de cinco metros. O Nemicolopterus crypticus é 20 vezes menor que o pterossauro brasileiro Anhanguera piscator.
Devido à constituição óssea do fóssil, o pterossauro encontrado na China era jovem, mas não recém-nascido. Mesmo que sua forma adulta chegasse ao dobro do seu tamanho, o Nemicolopterus crypticus continuaria a ser a menor espécie de pterossauro do mundo.
A região de Liaoning, na China, onde o fóssil foi descoberto, destaca-se como um dos principais sítios paleontológicos do mundo pela diversidade de espécies do período Cretáceo lá encontradas. No Brasil, fósseis de pterossauro já foram encontrados na Bacia do Araripe, na Região Nordeste.
Parceria
A participação de pesquisadores brasileiros no estudo dos fósseis encontrados na China é fruto de uma parceria entre as academias de ciências de ambos os países, há cerca de quatro anos. Em 2005, duas outras espécies de pterossauros chineses foram descritas em um trabalho que contou com paleontólogos brasileiros e foi divulgado na revista "Nature".
Além de Kellner, participaram do trabalho científico com o novo pterossauro os pesquisadores Diogenes de Almeida Campos, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Xiaolin Wang e Zhonghe Zhou, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim, na China.
O financiamento da pesquisa brasileira contou com o apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
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