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terça-feira, 12 de abril de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Evolução 212: Eodromaeus murphi

(em breve)



Ricardo N. Martinez, Paul C. Sereno, Oscar A. Alcober, Carina E. Colombi, Paul R. Renne, Isabel P. Montañez and Brian S. Currie (2011). A Basal Dinosaur from the Dawn of the Dinosaur Era in Southwestern Pangaea. Science 331 (6014): 206-210. doi:10.1126/science.1198467. http://www.sciencemag.org/content/331/6014/206.abstract.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Evolução 193: Sanjuansaurus

(em breve)

Alcober, Oscar A.; and Martinez, Ricardo N. (2010). "A new herrerasaurid (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Triassic Ischigualasto Formation of northwestern Argentina". ZooKeys 63: 55–81. doi:10.3897/zookeys.63.550.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Evolução 112: Tawa hallae, born in the USA

Batizado com o nome do deus-sol do povo indígena norte-americano dos Pueblos, Tawa hallae é a mais nova espécie a ser descoberta de dinossauro primitivo. Datado do Triássico Superior, é mais uma espécie para aumentar a coleção de fósseis encontrados na Pedreira Hayden, em Ghost Ranch, Novo México. A análise cladística colocou o Tawa na base dos Terópodes (Theropoda), e sugere um aumento na nossa compreensão da evolução dos dinossauros carnívoros, indicando uma série de semelhanças entre as faunas contemporâneas das Américas do Norte e do Sul, a apontando para um desmembramento do grupo primitivo dos Celofisóides (Coelophysoidea), que revela-se um agrupamento de artificial de terópodes arcaicos.

Nesbitt, S. J., Smith, N. D., Irmis, R. B., Turner, A. H., Downs, A., and M. A. Norell. 2009. A complete skeleton of a Late Triassic saurischian and the early evolution of dinosaurs. Science 326:1530-1533.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Evolução 108: Cruxicheiros, um novo (e antigo) dinossauro inglês

A new large-bodied theropod dinosaur from the Middle Jurassic of Warwickshire, United Kingdom

Roger B. J. Benson and Jonathan D. Radley

No Calcário de Chipping Norton (Chipping Norton Limestone), formação datada do Jurássico Médio (Bathoniano), em Warwickshire, Inglaterra, foram encontram fósseis que representam uma nova espécie de grande dinossauro carnívoro, distinto do contemporâneo Megalosaurus bucklandii (a primeira espécie de dinossauro a ser descoberta, em pleno século XVIII). Batizado de Cruxicheiros newmanorum, a caráter fragmentário dos restos não permite uma análise filogenética precisa, podendo ter sido o mais basal dos tetanuros (Tetanurae), dos megalossauróides (Megalosauroidea = Spinosauroidea) ou ainda, o mais primitivo dos neotetanuros (Neotetanurae). O nome escolhido é uma referência ao nome do lugar onde foi encontrado, Crosshand, donde a escolha da composição: crux, "cruz" em latim (inglês cross), e cheiros, "mão" em grego (inglês hand). Hibridismos latim+grego não são raros em nomes científicos, mas a formação possui alguns erros de declinação: como prefixo, crux declina-se como cruci-, e não cruxi- (do mesmo modo que o prefixo referente a rex "rei" é regi-; a velox "veloz" é veloci-); "mão" em grego é kheir/cheir, e não cheiros. Uma forma mais razoável seria Crucicheir, ou Crucichir (latinizando kheir como chir). Um composto totalmente grego seria Staurikocheir; e totalmente latino seria Crucimanus.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Evolução 99: Aardonyx celestae, um anunciador de gigantes



Aardonyx celestae é um primitivo sauropodomorfo que foi descoberto na África do Sul, no estrato superior da Formação Elliot, do Jurássico Inferior, cuja dinoauna inclui além de prossaurópodes e saurópodes basais, heterodontossaurídeos, dilofossaurídeos (Dilophosauridae) e celofisóides (Coelophysoidea). A análise filogenética colocou-o em uma posição intermediária entre o Anchisaurus polyzelus norte-americano (Formação Portland, Jurássico Inferior, Pliensbachiano-Toarciano) e o Melanorosaurus thabanensis sul-africano (da mesma Formação Elliot, Hettangiano?), e tudo parecer crer que aí situa-se a origem dos saurópodes. O Aardonyx (do holandês aard, "terra", e do grego onyx, "unha, garra" situa-se numa faixa de transição entre os Prossaurópodes, mais primitivos, e bípedes, e seus descendentes Saurópodes, que adquiriram a postura quadrúpede como traço essencial para atingirem tamanhos cada vez maiores. Saurópodes posteriores, como o Argentinosaurus e o Seismosaurus, só para citar dois exemplos, beiraram os 30m de comprimento e podem ter chegado próximo de 100 toneladas de peso, quase no limite teórico de massa para animais terrestres.
Como durante o Jurássico Inferior todos os continentes encontravam-se amalgamados em uma única massa, Pangéia, as faunas eram muito semelhantes, mesmo em formação bem distantes entre si. Prova disso é que há muitas similaridades entre as formações Elliot (África do Sul), Los Colorados (Argentina), Hanson (Antártida), Portland (EUA) e Lufeng (China).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Evolução 95: novidades para os Alvarezsauridae

Os Alvaressaurídeos (Alvarezsauridae) eram um grupo de pequenos dinossauros, considerados como aves primitivas quando descobertos, mas que depois passaram ser considerados como parentes dos dinossauros-avestruzes, ou dos manirraptores (Maniraptora), o grupo de dinossauros que incluía os temíveis velocirráptores e os ancestrais das aves. Os primeiros fósseis eram do Cretáceo Superior da Mongólia (Mononykus), mas depois foram encontrados diversos novos integrantes do grupo na América do Sul (Alvarezsaurus, Patagonykus), justamente os mais primitivos, o que levou à inevitável conclusão que sua origem era no supercontinente austral de Gondwana. Uma nova espécie, recém-descoberta e ainda não batizada formalmente, foi achada nos terrenos da Formação Shishugou, na China, no Jurássico Superior (Oxfordiano).
Com a nova descoberta, a posição taxonômica deste grupo parece consolidar-se como um ramo extremamente basal dentro dos Maniraptora, com uma origem no Jurássico Médio asiático, onde ficaram isolados até o comecinho do Cretáceo, quando parece ter havido uma difusão através do arquipélago que formava a Europa na direção da África, de onde atingiram a América do Sul.
Esta família de pequenos dinossauros, que alguns acreditam que talvez fossem mirmecófagos com os tamanduás, estão presentes na América do Sul pelo menos desde o Turoniano, até o Maastrichtiano com diversos gêneros já descritos, dentre os quais Alvarezsaurus, Patagonykus, Achillesaurus, e seus congêneres na Ásia só eram conhecidos a partir do Santoniano, com diversas espécies em quatro gêneros até o presente momento: Kol, Shuvuuia, Parvicursor, Ceratonykus, Mononykus. O único membro norte-americano era o diminuto Albertonykus borealis, do Campaniano canadense, que pelo seu isolamento talvez fosse um imigrante tardio da Ásia. Talvez estivessem presente no final do Cretáceo europeu, se os supostos celurossáurios da Transilvânia, Elopteryx e Heptasteornis, tiverem seu status de alvaressaurídeos confirmados. Outro dinossauro para o qual foi sugerida uma inclusão neste grupo é o enorme Rapator ornitholestoides, do Cretáceo Inferior australiano, mas sua posição taxonômica ainda é polêmica. Esperamos que futuras descobertas elucidem a correta paleozoogeografia do grupo, especialmente quanto à sua presença na África, Índia, sul da Europa e Oeste da Ásia.

Evolução 94: O Festival dos Tiranos continua


As descobertas sobre a evolução dos tiranossauros continuam, fazendo de 2009 o Ano do Tyrannosaurus! Desta vez não se trata de uma espécie nova, já que o Proceratosaurus bradleyi foi descoberto em 1910. Durante muito tempo considerado como um ancestral do Ceratosaurus norte-americano (daí seu nome), este simpático e magricela dinossauro carnívoro, com o acúmulo de maiores dados passou a ser mais convenientemente classificado como um dos mais antigos e primitivos membros do grupo cujo ápice foi o gigantesco Tyrannosaurus rex do Cretáceo norte-americano. Em um trabalho atualíssimo, o Proceratosaurus ganhou um estudo pormenorizado que confirma o status de membro primitivo do clado dos tiranossauróides (Tyrannosauroidea), constituindo a família dos Proceratosauridae, juntamente com o Guanlong wucaii. A consolidação desta nova família de tiranossauróides basais permite visualizar as origens do grupo no supercontinente setentrional da Laurásia, com um integrante europeu, o Proceratosaurus (Inglaterra, Batoniano) e um asiático, o Guanlong (China, Oxfordiano), ambos no Jurássico Médio.




Cranial osteology and phylogenetic position of the theropod dinosaur Proceratosaurus bradleyi (Woodward, 1910) from the Middle Jurassic of England. 2009. O. Rauhut, et a. Zool. J. Linn. Soc. Published Online: 4 Nov 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

Evolução 86: Outro lagarto-tirano. Muito Velho. Chinês. E Gigante!

Chama-se Sinotyrannus kazuoensis a nova (e velha) espécie de tiranossauróideo descoberta na China. Descoberta na Formação Jiufotang, famosa pelos fósseis de aves primitivas e pelo dromeossáurio arcaico de quatro asas Microraptor, sua idade é estimada em cerca de 120 milhões de anos, no final do Cretáceo Inferior (Aptiano). Apesar de tão antigo, o Sinotyrannus não é tão primitiva quanto algumas formas ligeiramente mais antigas, como o Dilong da formação Yixian, aproximando-se das formas mais recentes. O que chama a atenção é tamanho enorme do Sinotyrannus: nove metros de comprimento.


Ji, Q., Ji, S.-A., and Zhang, L.-J. 2009. First large tyrannosauroid theropod from the Early Cretaceous Jehol Biota in northeastern China. Geological Bulletin of China, 28(10): 1369-1374.

Evolução 85: Neovenatoridae, os alossauróides tardios


Um estudo detalhado de diversos dinossauros carnívoros de grande porte do período Cretáceo permitiu revelar a existência de mais um grupo de terópodes, batizados de neovenatorídeos (Neovenatoridae). O grupo combina diversas espécies de difícil classificação, pela combinação de caracteres de alossauróides (Allosauroidea), os predadores dominantes do Jurássico, e celurossáurios (Coelurosauria), os dinossauros carnívoros esbeltos e elegantes do Cretáceo (que incluíam os velocistas dinossauros-avestruz, os enormes tiranossauros - a exceção que confirmava a regra da "elegância" - e os ancestrais emplumados das aves).
Estão incluídos o Neovenator, da Inglaterra (Formação Wessex, Barremiano), o Chilantaisaurus, da China (Formação Ulansuhai), Fukuiraptor, do Japão (Formação Kitadani, Albiano), Australovenator (Formação Winton, Albiano), e os argentinos Orkoraptor (Formação Pari Aike, Maastrichtiano), Aerosteon (Formação Anacleto, Santoniano) e Megaraptor (Formações Río Neuquén, Bajo Barreal e Portezuelo, Cenomaniano-Santoniano).
A análise filogenética aponta ainda um parentesco desta família com o grupo-irmão dos carcarodontossaurídeos (Carcharodontosauridae) em um supergrupo batizado de Carcharodontosauria.Os Carcarodontossaurídeos incluíam os maiores dinossauros carnívoros de Gondwana e possivelmente do mundo. O estudo consolida a visão dos Carcharodontosauria como um grupo de alossauróides que sobreviveu ao Jurássico e que constituíram um dos principais componentes das faunas cretáceas, abrangendo tanto formas carnívoros de porte descomunal como formas menores e ágeis, antes vistos como celurossáurios ou dromeossáurios.
A distribuição biogeográfica que emerge desta comparação, incluindo formas européias, asiáticas e gondwânicas, mostra um paralelo com a dos espinossaurídeos (Spinosauridae), e permite-nos antecipar a descoberta de neovenatorídeos na África e no Brasil (onde os espinossaurídeos são abundantes) e de espinossaurídeos na Austrália e possivelmente na Índia, Madagascar e Antártida.

Benson, R.B.J., Carrano, M.T and Brusatte, S.L. 2009. A new clade of archaic large-bodied predatory dinosaurs (Theropoda: Allosauroidea) that survived to the latest Mesozoic. Naturwissenschaften .doi:10.1007/s00114-009-0614-x

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Evolução 74: Raptorex, o vovozinho do Tiranossauro

Cientistas descobriram na China um novo membro da família dos tiranossaurídeos (Tyranosauridae) datado de cerca de 125 milhões de anos, 60 milhões de anos mais antigo que seu possível descendente, o colossal Tyranosaurus rex. O fóssil, batizado de Raptorex kriegsteini, era praticamente uma cópia em miniatura do gigantesco carnívoro, provando que as principais características dos tiranossaurídeos desenvolveram-se anteriormente quando ainda eram animais de porte relativamente pequeno. O Raptorex era da altura de um homem, com o comprimento de cerca de 3 metros, da ponta do focinho à da cauda.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Evolução 66: Tianyuraptor ostromi

Recent discoveries of basal dromaeosaurids from the Early Cretaceous Jiufotang and Yixian formations of Liaoning, China, add significant new information about the transition from non-avian dinosaurs to avians. Um novo dinossauro dromeossaurídeo, Tianyuraptor ostromi , do Cretáceo Inferior, foi descrito a partir de um esqueleto quase completo achado na Formação Yixian, na Província de Liaoning, China. O Tianyuraptor compartilha muitos traços em comum com outras espécie de dromeossaurídeos da mesma formação, e seu aspecto primitivo é reforçado pela identificação de caracteres ausentes em outras espécies afins na Laurásia (o supercontinente formado por Europa, Ásia nuclear e América do Norte), mas presentes em dromaeosaurídeos do Gondwana (supercontinente austral abarcando América do Sul, África, Índia, Antártida e Austrália) e nos membros mais basais do grupo dos Avialae (ancestrais remotos das aves). A presença de uma fúrcula compartivamente pequena e membros anteriores mais curtos torna-o bem distinto do grupo contemporâneo dos microrraptoríneos (Microraptorinae), e evidencia o enorme grau de diversidade tanto morfológica como ecológica neste grupo, já presente em seus estágios evolutivos mais primitivos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Evolução 61: Uma enxurrada de dinossauros australianos

Três novos dinossauros foram anunciados na Formação Winton, datada do Cretáceo Superior (Albiano) da Austrália: Wintonotitan wattsi, Australovenator wintonensis e Diamantinasaurus matildae. A descoberta fornece novas pistas para entendermos a paleogeografia da região e a relação da fauna australiana com as de outras partes do supercontinente de Gondwana, já que os dinossauros pertencem a grupos bem representados na América do Sul, Índia e África, dentre outros lugares.



O Australovenator era um carnívoro terópode e alossauróide, cujas características o colocam como um membro extremamente primitivo próximo à base da família do carcarodontossaurídeos (Carcharodontosauridae).



O Wintonotitan e o Diamantinasaurus eram saurópodes, enormes dinossauros herbívoros do subgrupo dos titanossáurios, sendo o primeiro mais arcaico, e o segundo de características mais "avançadas".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Evolução 58: Limusaurus, o esquisito

Cientistas chineses descreveram uma nova espécie de dinossauro batizada de Limusaurus inextricabilis, datado do final do período Jurássico (Oxfordiano), em Xinjiang, no oeste da China. Com cerca de 160 milhões de anos, esta nova espécie descoberta na Formação Shishugou possui duas peculiaridades que tornam sua descoberta algo sensacional. Embora pertencesse a um grupo de dinossauros carnívoros, os Ceratossáurios (Ceratosauria), possuía um bico córneo e deveria ser herbívoro. Além disso, a estrutura de suas mãos fornece pistas para a evolução dos dinossauros, e principalmente a transição entre as formas mais primitivas, de cinco dedos, e as mais avançadas (justamente os ancestrais das aves), com três.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Evolução 45: A Árvore dos Velocirráptores e Pássaros

Uma imagem que vale por mil palavras:

Fonte: Turner, A, D. Pol and J.A. Clarke G. Erickson and M.A. Norell. 2007. A Basal Dromaeosaurid and Size Evolution Preceding Avian Flight. Science. 317:1378-1381.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Evolução 38: Panphagia, o mais antigo dos sauropodomorfos

Pertencem ao grupo dos Sauropodomorfos (Sauropodomorpha) , usualmente considerado como uma subordem da ordem dos Saurísquios (Saurischia), os maiores animais que já pisaram na terra firme, os Saurópodes (Sauropoda) e seus ancestrais imediatos, os Prossaurópodes (Prosauropoda). Enquanto as espécies mais novas eram quadrúpedes gigantescos de longos pescoços, com suas dezenas de toneladas sustentadas por uma "arquitetura" anatômica evolutivamente fantástica, os membros primitivos deste grupos eram bípedes pequenos, mas já manifestando as tendências de aumento de tamanho, e de alongamento de seus pescoços. Acaba de ser descoberto o que parece ser o mais primitivo dinossauros deste grupo, batizado de Panphagia protos, nos terrenos do Triássico Médio (Carniano) da Formação Ischigualasto, na Argentina. O Panphagia seria o parente mais próximo do Saturnalia tupiniquim Langer et alii, 1999, dinossauro similar descoberto em terrenos triássicos do Rio Grande do Sul. Além disso, possui tantas semelhanças como dinossauro carnívoro primitivo Eoraptor, seu contemporâneo, que devemos estar bem próximos de descobrir o "elo perdido" entre os herbívoros Sauropodomorfos e seus primos carnívoros, os Terópodes, ambas subordens que juntas constituem a ordem Saurischia, pelo menos em sua divisão tradicional.