sexta-feira, 28 de maio de 2010

Evolução 150: Sinoceratops, um ceratopsídeo na China

First ceratopsid dinosaur from China and its biogeographical Implications. 2010. Xu Xing, et al. Geology 55: 1631-1635

Resumo traduzido:

Os dinossauros ceratopsídeos representam um dos grupos mais bem conhecidos do Cretáceo Superior, e todos os membros inquestionáveis do grupo estão restritos ao oeste da América do Norte. Aqui reportamos um novo dinossauro, de espécie e gênero novos, Sinoceratops zhuchengensis , encontrado no Grupo Wangshi em Zhucheng, Província de Shandong, China, em terrenos do Cretáceo Superior. A análise cladística coloca este novo táxon, o primeiro ceratopsídio conhecido fora da América do Norte, numa posiçãoo basal dentre os centrossauríneos (Centrosaurinae). Ele é consideravelmente maior que a maioria dos centrossauríneos, porém but similar em tamanho aos casmossauríneos (Chasmosaurinae) mais primitivos. Além disso, ele é mais similar aos casmosauríneos do que aos centrossauríneos em diversos aspectos, o que acaba diluindo a distinção entre ambos os grupos. Este novo achado não apenas fornece novas informações importantes sobre a transição morfológica entre os ceratopsídios e os não-ceratopsídios, mas também vem complicar a biogeografia do grupo, demonstrando que novas descobertas serão fundamentais para se ter um panorama mais preciso da história biogeográfica dos dinossauros.

OBS: Prefiro usar a forma ceratopsídio para o nome da ordem (Ceratopsida), e a grafia ceratopídeo para a família (Ceratopidae), em vez do recorrente ceratopsídeo. Partindo do nome genérico Ceratops, o termo correto seria Ceratopidae e não Ceratopsidae.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Evolução 149:Ajkaceratops, um ceratopsídeo na Europa

A descoberta de um dinossauro do grupo dos ceratopsídios, Ajkaceratops kozmai, no Santoniano da Hungria (Formação Csehbánya), acrescentou mais um elemento para reforçar a hipótese de que o intercâmbio faunístico entre o arquipélago que ocupava os territórios europeus e a Ásia era maior do que se supunha. A existência do Ajkaceratops, similar aos cetatopsídios da família asiamericana dos Bagaceratopídeos, aliada à existência no Cretáceo de hadrossaurídeos avançados na Espanha, marsupiais na Holanda e na França, mamíferos zhelestídeos na Espanha e França, e possíveis alvaressaurídeos na Hungria, vem ampliando o conhecimento sobre a fauna européia, e suas possíveis conexões com a Ásia.

A Late Cretaceous ceratopsian dinosaur from Europe with Asian affinities
Attila Ősi,Richard J. Butler & David B. Weishampel. Nature 465,466–468 (27 May 2010)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Evolução 148: Dimaitherium, um hiracóide primitivo no Egito

A Formação Birket Qarun no Egito situa-se na depressão conhecida como Fayum, e é um dos mais importante sítios paleontológicos do país. Famosa por sua fauna de mamíferos do Eoceno Superior (Priaboniano), ali foram descobertas muitas espécie fósseis de hiracóides, ordem que atualmente só conta com poucas espécies conhecidas como damões ou hiraxes, semelhantes a marmotas, restritos à África e a regiões montanhosas do Oriente Próximo. No Eoceno, a variedade no grupo era muito maior, e algumas espécies fósseis chegavam ao porte de uma vaca, ocupando diversos nichos ecológicos. A nova espécie recém-batizada, Dimaitherium patnaiki, tem característica bem mais primitivas que seus comtemporâneos, e as evidência recolhidas dos ossos dos membros indica que tratava-se de um ágil escalador. A análise comparativa desta nova espécie com outras mais antigas, chamadas provisoriamente de "Megalohyrax" gevini, "Titanohyrax" mongereaui e "Titanohyrax tantulus", recomenda que a atribuição destas espécies, do Eoceno Inferior do norte da África, a estes gêneros é equivocada.


Barrow, Seiffert and Simons, 2010. A primitive hyracoid (Mammalia, Paenungulata) from the early Priabonian (Late Eocene) of Egypt . Journal of Systematic Palaeontology. 8(2), 213-244.

sábado, 22 de maio de 2010

Genealogia 510: João de Bettencourt, um "tio"

Pesquisando em S.Pedro de Angra, encontrei involuntariamente um "tio". João de Bettencourt, nascido em Santa Bárbara das Ribeiras, ilha do Pico, em 4/1/1723, filho de meus ancestrais João de Bettencourt e Maria Silveira de Ávila, casou-se na freguesia de S. Pedro da cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, em 19/9/1749 com Rita de Jesus, natural do Norte Grande, ilha de São Jorge, filha de Tomé Pereira Nunes e Maria Pereira

Genealogia 509: Casamento de Manuel Pereira de Linhares e Joana Inácia

http://pg.azores.gov.pt/drac/cca/biblioteca_digital/TAHSPEDC1705-1750/TAHSPEDC1705-1750_item1/P233.html

Em vinte nove dias do mes de Dezembro de mil e setecentos e quarenta e nove annos sendo de manhãa nesta Igr.a do Ap.o S. Pedro desta cid.e de Angra feitas as diligencias na forma que dispoem o Sagrado Conc. Trid. sem se descobrir impedim.o algum canonico como me constou por hum mand.o do R.do Provisor que em nosso poder fica na minha presença e na das duas solemnes test.as que abaicho assignão Fran.co Machado e Manoel Cardozo homens cazados e nossos freguezes Se cazaram por palavras de presente Manoel Pereyra de Linhares f.o de Manoel Nunes Cardozo e de Izabel Branca Linhares n.al desta freguesia com Joanna Ignacia f.a de Matheus Nunes e de Maria Valim n.al de N.S.ra da Pied.e da Ilha do Pico e nossos fregueses os quaes Recebi in facie eccl.ae por marido e m.er assim como Manda a S.ta M.e Igr.a e p.a constar fis este termo era ut sup.ra = Vigr.o Hier.o de Payva Pontes(?) Cabral

Manuel Pereira de Linhares e sua esposa migraram para o Brasil por volta de 1752, estabelecendo-se em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, deixando vasta descendência

Manuel Nunes Cardoso e Isabel Branca de Linhares (= Isabel Branca Leonarda) casaram-se na mesma igreja de S. Pedro em 24/8/1722, sendo ele natural de S. Pedro da Ribeirinha, filho de João Nunes Cardoso e Beatriz Dias; ela da freguesia onde casou, filha de Antonio Pereira Linhares e Isabel Correia Leonardo.

Evolução 147: Homo gautengensis

Restos de hominídeos encontrados na África do Sul, e datados de um período dentro da faixa de 2.0 a 1.26 milhões de anos foram batizado de Homo gautengensis, que seria a mais antiga espécie do gênero Homo. Mais antigos que o Homo habilis, não parecem estar em nossa linha ancestral, sendo mais uma linha colateral.


A review of early Homo in southern Africa focusing on cranial, mandibular and dental remains, with the description of a new species (Homo gautengensis sp. nov.)

HOMO - Journal of Comparative Human Biology, In Press, Corrected Proof, Available online 13 May 2010,