Os Pterossáurios (Ordem Pterosauria) foram um grupo extinto de répteis voadores que dominaram os céus do fim do Triássico até o Cretáceo, ou seja, viveram de cerca de 200 milhões até 63 milhões de anos atrás. Extinguiram-se junto com outros animais incríveis, como os dinossauros e os grandes lagartos marinhos. As espécies de pterossáurios possuíam uma grande variação de formas e tamanhos: alguns eram pequenos como passarinhos, enquanto outros atingiam absurdos 15m de envergadura, grandes como um pequeno avião. As maiores espécies pertenciam à família dos Azhdarchidae (cujo aportuguesamento poderia ser "Azdarquídeos" ou "Asdarquídeos", ou "Azdarchídeos", se preferirmos uma forma mais próxima do original), que incluía verdadeiros "dragões" como o Quetzalcoatlus texano e o Hatzegopteryx da Transilvânia (apropriado, não?). Tais gigantes do ar eram tão grandes, mas curiosamente não temos ainda quase nenhum esqueleto completo deles, e suas medidas, principalmente o peso, são em grande parte estimativa.
Durante muito tempo foram imaginados como urubus titânicos, que usavam suas enormes envergaduras para planar nas correntes de ar quente. Seus crânios gigantescos e seus compridos pescoços indicam animais de mais de 3m de comprimento, e deveriam pesar bem mais de 100 kg.
O que sempre intrigou os paleontólogos e biólogos era como animais tão grandes poderiam voar? Como decolavam?
Uma nova hipótese foi lançada por uma dupla de paleontólogos britânicos, Mark Witton e Darren Naish, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido). Em estudo publicado na revista científica de acesso livre "PLoS One", a dupla estudou a anatomia funcional e a ecologia dos azdarquídeos.
A conclusão é que estes "dragões" na verdade viviam no solo, caminhando nas patas compridas como descomunais cegonhas e jaburus. Com seus pescoços e bicos compridos, "pescavam" presas de pequeno porte, como lagartos e filhotes de dinossauros. Locomoviam-se como quadrúpedes, e com essa nova reconstrução revista, ficaram parecidos a uma bizarra mistura de cegonha, dragão e girafa. A primeira ilustração mostra como poderiam viver tais criaturas. Como quadrúpedes pernaltas, as maiores espécies podiam chegar a mais de dois metros de altura nos ombros (o traço vertical mostra a altura aproximada de uma pessoa, em relação ao azdarquídeo batizado de Zhejiangopterus).
A família Azhdarchidae conta com muitos gêneros, espalhados pelo mundo: Azhdarcho (Usbequistão), Aralazhdarcho (Cazquistão), Arambourgiana (Jordânia), Bakonydraco (Hungria), Montanazhdarcho (EUA), Hatzegopteryx (Romênia), Phosphatodraco (Marrocos), Quetzalcoatlus (EUA) e Zhejiangopterus (China), dentre outros. Parentes próximos dos Azdarquídeos eram os Tapejarídeos, família com diversas espécies brasileiras e cearenses. O nome do gênero que dá nome à família, Azhdarcho, é um termo de origem usbeque significando "dragão" (nome que remonta ao demônio-dragão zoroastriano Az^i Dahaka, Azdahak).
Darren Naish possui um excelente blog sobre vertebrados vivos e extintos, o Tetrapod Zoology.
Durante muito tempo foram imaginados como urubus titânicos, que usavam suas enormes envergaduras para planar nas correntes de ar quente. Seus crânios gigantescos e seus compridos pescoços indicam animais de mais de 3m de comprimento, e deveriam pesar bem mais de 100 kg.
O que sempre intrigou os paleontólogos e biólogos era como animais tão grandes poderiam voar? Como decolavam?
Uma nova hipótese foi lançada por uma dupla de paleontólogos britânicos, Mark Witton e Darren Naish, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido). Em estudo publicado na revista científica de acesso livre "PLoS One", a dupla estudou a anatomia funcional e a ecologia dos azdarquídeos.
A conclusão é que estes "dragões" na verdade viviam no solo, caminhando nas patas compridas como descomunais cegonhas e jaburus. Com seus pescoços e bicos compridos, "pescavam" presas de pequeno porte, como lagartos e filhotes de dinossauros. Locomoviam-se como quadrúpedes, e com essa nova reconstrução revista, ficaram parecidos a uma bizarra mistura de cegonha, dragão e girafa. A primeira ilustração mostra como poderiam viver tais criaturas. Como quadrúpedes pernaltas, as maiores espécies podiam chegar a mais de dois metros de altura nos ombros (o traço vertical mostra a altura aproximada de uma pessoa, em relação ao azdarquídeo batizado de Zhejiangopterus).
A família Azhdarchidae conta com muitos gêneros, espalhados pelo mundo: Azhdarcho (Usbequistão), Aralazhdarcho (Cazquistão), Arambourgiana (Jordânia), Bakonydraco (Hungria), Montanazhdarcho (EUA), Hatzegopteryx (Romênia), Phosphatodraco (Marrocos), Quetzalcoatlus (EUA) e Zhejiangopterus (China), dentre outros. Parentes próximos dos Azdarquídeos eram os Tapejarídeos, família com diversas espécies brasileiras e cearenses. O nome do gênero que dá nome à família, Azhdarcho, é um termo de origem usbeque significando "dragão" (nome que remonta ao demônio-dragão zoroastriano Az^i Dahaka, Azdahak).
Darren Naish possui um excelente blog sobre vertebrados vivos e extintos, o Tetrapod Zoology.
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