Hades, o tenebroso rei das regiões infernais, era uma divindade sombria, temida e odiada pelos mortais. Irmão de Zeus, recebeu como quinhão o Tártaro, a trevosa região embaixo da terra. Também lhe chamavam Ais, Aidoneus e Plouton. Acredita-se que Ais originalmente designasse a terra dos mortos, e sua etimologia é o indo-europeu *sm-wid- "lugar de encontro, reunião". Os Cíclopes (Kyklopes) fizeram para ele um capacete com o poder de torná-lo invisível, e assim poder vigiar melhor os mortais. Como senhor das profundezas da terra, lhe era atribuído o poder sobre as sementes e as raízes, ou seja, a riqueza agrícola. Daí vinha o nome eufemístico com que era chamado, Plouton, o “Rico”. Como a figura de um temido e inflexível rei do mundo dos mortos demonstra claramente influências asiáticas, talvez mesopotâmicas, é possível que sua forma original fosse a de um mero deus protetor dos grãos. É possível que os gregos tivessem trazido consigo o culto indo-europeu de um primitivo Rei dos Mortos, que fora também o primeiro homem, e portanto, o primeiro morto (há muitos paralelos com lendas indianas, iranianas e romanas). Vestígios deste “rei dos ancestrais mortos” aparecem na do mundo, e com sua tristeza, toda a natureza começou a minguar. Core, por já ter comido uma semente de romã no reino de Hades, não pôde mais deixar o Inferno. Como Demeter ameaçava fazer a natureza perder sua força, Zeus obteve um acordo conciliatório: Core passaria metade do ano com sua mãe na terra, e a outra metade com seu marido no Tártaro, tornando-se conhecida como Perséfone.
Segundo Hesíodo, uma bigorna jogada do Céu demora dez dias para atingir o chão, e precisaria de mais dez dias para chegar ao fundo do Tartaros. Lá estavam as almas dos mortos, que vagavam como fantasmas incorpóreos, se alimentando do sangue das vítimfigura cretense de Minos, considerado como juiz dos infernos. Sob a influência das religiões pré-helênicas, acabou ofuscado por Hades.
Hades aparece muito pouco na mitologia, e tem pouquíssimos mitos próprios. Destes, o mais importante é o rapto de Perséfone. Desejoso de ter uma rainha , Hades conseguiu com o auxílio de seu irmão Zeus, raptar Kore, sua sobrinha, filha do senhor do Olympos com Demeter. Esta, desesperada com o sumiço de sua filha, procurou-a por todas as partesas que seus parentes sacrificavam em seu nome.
Era no Tártaro que vivia Styx, ninfa filha do Okeanos que personificava o rio infernal do próprio nome. Era em nome de suas águas que os deuses deviam jurar, e por isso era muito temida. Se um deus cometesse perjúrio, ficava impedido de se alimentar de néctar e ambrosia. Perdia as forças lentamente e teria de se afastar dos outros deuses durante dez anos.
Segundo Hesíodo, uma bigorna jogada do Céu demora dez dias para atingir o chão, e precisaria de mais dez dias para chegar ao fundo do Tartaros. Lá estavam as almas dos mortos, que vagavam como fantasmas incorpóreos, se alimentando do sangue das vítimfigura cretense de Minos, considerado como juiz dos infernos. Sob a influência das religiões pré-helênicas, acabou ofuscado por Hades.
Hades aparece muito pouco na mitologia, e tem pouquíssimos mitos próprios. Destes, o mais importante é o rapto de Perséfone. Desejoso de ter uma rainha , Hades conseguiu com o auxílio de seu irmão Zeus, raptar Kore, sua sobrinha, filha do senhor do Olympos com Demeter. Esta, desesperada com o sumiço de sua filha, procurou-a por todas as partesas que seus parentes sacrificavam em seu nome.
Era no Tártaro que vivia Styx, ninfa filha do Okeanos que personificava o rio infernal do próprio nome. Era em nome de suas águas que os deuses deviam jurar, e por isso era muito temida. Se um deus cometesse perjúrio, ficava impedido de se alimentar de néctar e ambrosia. Perdia as forças lentamente e teria de se afastar dos outros deuses durante dez anos.
Arte: Fred Carvalho (1999)
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